sábado, 29 de março de 2008

Gastrite

Já que vocês adoram ouvir os meus relatos do proibido, minhas aventuras ao mundo do submundo, minhas bizarrices, meus surtos masturbatórios, aí vai uma bem cabeluda que acabou de acontecer comigo: são 2h39 da madrugada e acabo de voltar do supermercado. Fui lá sozinho, a pé, comprar água de coco e biscoito de polvilho.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A temperatura média dentro da minha cueca deve estar em torno dos 50 graus. Tudo por causa de uma febre idiota que está literalmente torrando o meu saco.
Bom, é isso. Neste estado, não dá pra escrever. Nem punheta eu vou bater. Já sentei em cima do saco sem querer e estou puto.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Não é o que não pode ser que não é

Ando com vergonha dos meus pensamentos ultimamente. Não são todos necessariamente obscenos ou proibidos. Mas não sei mais se cabem no ouvido de qualquer pessoa.

Ando pensando em parar o ventilador com o pinto, voar atrás de um sentimento de olhos verdes e alcançar um plano superior vivendo a base de Natu Nobilis e miojo.

Talvez isso seja um pouco estranho, mas quem não é? Dentro de um quarto com quatro cantos muitas coisas passam na cabeça da gente. Você conversa com os índios do quadro na parede, treina fazer cambalhotas, coleciona giletes, vive.

Aqui na terra do nunca é assim. Muitos pensamentos soltos, proibidos. As vezes vividos, outras censurados. Tem de tudo aqui. Só não tem eu e vocês. Eu e você que é gigante, eu e você que é raça, eu e você que é Sandra, eu e vocês que sou eu, vocês e todo mundo.

domingo, 16 de março de 2008

Doze dose doses

  1. Admito que era impotente perante o álcool – que tinha perdido o domínio sobre minha vida.
  2. Vim a acreditar que um Poder superior a mim pode devolver-me à sanidade.
  3. Decidi entregar minha vontade e minha vida aos cuidados de Deus.
  4. Fiz minucioso e destemido inventário moral de mim mesmo.
  5. Admito perante Deus, perante o mundo, a natureza exata de minhas falhas.
  6. Prontifico-me inteiramente a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter.
  7. Humildemente rogo a Ele que me livre das minhas imperfeições.
  8. Fiz uma relação de todas as pessoas que tinha prejudicado e me dispus a reparar os danos a elas causados.
  9. Fiz reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.
  10. Continuo fazendo o inventário pessoal e, quando estou errado, admito prontamente.
  11. Procuro, através da prece e da meditação, melhorar meu contato consciente com Deus, na forma em que O concebo, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a mim, e forças para realizar essa vontade.
  12. Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a esses Passos, procuro transmitir essa mensagem aos alcoólicos e praticar esses princípios em todas as minhas atividades.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Quem nunca mostrou o pinto na webcam que atire o primeiro comentário.


O amor

que você procura

está aqui no meu bolso

convivendo

com chicletes, drogas e sonhos


Por isso,

se você pretende morrer um dia,

precisa vir buscá-lo

Porque quem não ama

não morre


Naturalmente,

não desejo isso para os amores

que carrego no bolso

Mas se não quer morrer comigo,

viva sozinha.




quinta-feira, 6 de março de 2008

Se eu quiser fumar eu fumo
Se eu quiser beber eu bebo
Eu pago tudo o que eu consumo
Com suor de meu emprego...

Confusão eu não arrumo
Mas também não peço arrêgo
Eu um dia me aprumo
Eu tenho fé no meu apego...

Eu só posso ter chamego
(Com quem?)
Com quem me faz cafuné
Como o vampiro e o morcego
É o homem e a mulher...

O meu linguajar é nato
Eu não estou falando grego
Tenho amores e amigos de fato
Nos lugares onde eu chego...

-Diz Falcão!

Eu estou descontraído
(Porque?)
Não que eu tivesse bebido
Nem que eu tivesse fumado
Prá falar da vida alheia
Mas digo Zeca sinceramente
Na vida a coisa mais feia...

É gente que vive chorando
De barriga cheia
(Mas é gente!)
Oh! Oh!
É gente que vive chorando
De barriga cheia
(Oh! É gente!)
É gente que vive chorando
De barriga cheia...

Vamo que vamo!
Se eu quiser fumar
Deixa que eu fumo
Se eu quiser beber
Deixa que eu eu bebo
Pago tudo o que eu consumo
Com suor do meu emprêgo
Confusão eu não arrumo, eh!
Mas também não peço arrêgo
Um dia me aprumo
Tenho fé no meu apêgo...

Vai Zeca!

Eu só posso ter chamego
(Com quem?)
Com quem me faz cafuné
(Tá certo!)
Como o vampiro e o morcego
É o homem e a mulher...

O meu linguajar é nato
Eu não estou falando grego
Eu tenho amores e amigos de fato
Nos lugares onde eu chego...

Eu estou descontraído
Não que eu tivesse bebido
(Hei!)
Não que eu tivesse fumado
Prá falar da vida alheia
Mas digo sinceramente
(Diz Zeca!)
Na vida a coisa mais feia...

É gente que vive lamentando
E chorando de barriga cheia
É gente que vive chorando
De barriga cheia
(Oi! Se tem gente!)
É gente que vive chorando
De barriga cheia...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Carlos

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.


(Drummond, claro)