quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Chupem meu cu, cadelas. Dêem seus cus, bichanos.

Eu, que não tenho nada a ver com isso, não agüento mais. Literalmente não agüento mais ouvir os homens miando no telefone quando conversam com suas namoradas.

É incrível. Toda masculinidade, malandragem e canastrice presentes nos homens, desaparecem completamente quando a namorada liga. E, o pior, eles se transformam numa espécie de gatinho medroso. O tom de voz abaixa, a fala fica meiga, subserviente, submissa, nojenta.

É o fim da raça, é o fim do amor próprio, é o fim. E as mulheres não só dominaram como também fazem questão de humilhar, porque além do vexame de ter que ficar miando publicamente na frente dos amigos ou no ambiente de trabalho, as mulheres de hoje ainda exigem declarações de amor em voz alta. Se não disser um “eu te amo” no fim da ligação em voz alta é briga na certa. Se bem que mulher que pensa assim não é mulher, é planta. Mulheres e homens de verdade não são assim, mas parece que estão em extinção.

O que sobrou foi um arquétipo de mulher que, por ter aprendido a ganhar dinheiro, pensa que manda no mundo. Do outro lado, homens que se dão por satisfeitos apenas por ter uma vagina chata, estúpida e acéfala para enfiar o pinto no sábado à noite depois de levar num restaurante chato.

Sinceramente não entendo mais nada. Será que foi por isso que meu único namoro durou seis meses? Será que eu devia ter miado no telefone? Devia ter aprendido a gostar de comida japonesa? Devia ter levado ela mais na locadora e menos no bar? Sei não.

O que sei é que só não tenho mais raiva do que acontece hoje em dia, porque tenho dó. O estado de idiotice a que chegaram os homens é tão grande que só consigo ter pena. Nunca pensei que uma buceta pudesse valer tanto. E, honestamente, não vale mesmo. Talvez esses homens sofram de alguma síndrome do abandono ou sei lá o que. Normal não é. Não pode ser.

Quanto as mulheres, digo, essas mulheres, elas também não são e nem estão normais. Geralmente são umas neuróticas que, por reconhecerem o tamanho de sua insuportabilidade, também morrem de medo de perder a pessoa amada. A diferença é que elas invertem o jogo e passam a exercer um papel de dominação, onde a constante humilhação do parceiro garante a ela uma certa estabilidade, pois com a auto-estima e a honra abalada um homem não tem forças para reagir. Resultado: miau miau miau, amor amor amor, me desculpa, me desculpa me desculpa.

É por isso que quando falam em fim do mundo e apocalipse a gente nunca deve duvidar. O amor já mudou pra Marte há muito tempo. O respeito só existe na cadeia entre presos e traficantes, e as relações de amizade, cumplicidade e companheirismo ainda existem em alguns livros, mas não por muito tempo. Por muito tempo mesmo, curiosamente, parece que apenas uma coisa sobrevive nesta terra recém-conquistada pelas mulheres: pobres homens gatos.



quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh,

eu quero me apaixonaarrrrrrrrrrrrrr...

Quero sentir, comer, sangrar, largar,

compreender, olhar, errar, bater bater bater,

apanhar apanhar apanhar e machucar...

Mas pra doer, pra registrar, pra virar conto,

história, memória...

Quero falar, calar, escrever,

iludir, fantasiar, sofrer, viver,

ser, pertencer e morrer...

Quero repetir, me arrepender, me despedir,

me envolver, amar amar amar, beber beber beber,

e depois vomitar tudo no amanhecer...

Dá pra ser?


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pra ser sincero

Nunca faço isso, vou fazer. Estou no trabalho, sem trabalhar. Acabei de almoçar, escovei o dente, li o jornal, reorganizei minha mesa de novo e tô aqui, só martelando o teclado impunemente.

Tenho alguns trabalhos pra fazer, mas tudo coisa simples. Aliás, tudo é muito simples sempre, mesmo quando não sei fazer.

Hoje, já criei uns nomes para uma nova linha de hambúrgueres, escrevi uns textos “trash for cash” e agora estou aqui fazendo a digestão enquanto não encaro a minha tarefa vespertina.

Fora isso, lá fora faz um calor desumano. Aqui, tem ar-condicionado, mas eu preferiria umas moças nuas me abanando e trazendo uns drinks. Nossa, seria maravilhoso poder trabalhar o dia todo com uma mão no mouse e a outra apalpando um peitinho. Aliás, até tem um peitinho aqui do meu lado, mas é mulher casada, de respeito e minha amiga. Tão amiga que hoje cedo dei até um cd pra ela dar de presente pra filhinha dela. Enfim, é um peito proibido por Deus.

Já do meu outro lado, não tem um peitinho, mas tem um cara que desenha pra caramba. Nunca pedi pra ele desenhar um peito pra mim, mas um dia criamos umas coisas que precisavam da imagem de uma loira. Aí, claro, fomos desenhando o peito da nossa loira a quatro mãos. Homem é tudo igual, não tem jeito.

Bom, acho que é isso. Poderia passar a tarde toda aqui contando essas coisas, mas você não suportaria. Trabalhar com propaganda só é legal quando recusam as coisas que você faz, aí sim você se sente fazendo alguma coisa boa. Quando aprovam, dá até um pouco de paz, mas significa que você fez o que todo mundo faria. E o que todo mundo faz diariamente é coco.



quarta-feira, 22 de outubro de 2008


Ela era eu,

era o bar,

era tudo o que eu

gostaria de ser


Ela era a dose,

era o riso,

era a música e o improviso,

que me pediam por lá


E o que eu tocava tocava

E o que ela ria fazia

todo o meu rosto e o meu dia

se rubrenecer


Alina você nem sabia

Que o bar, o violão e a poesia

Só iam pra onde cê ia

Pra poder te rever.



terça-feira, 21 de outubro de 2008


Ainda é cedo pra chorar
Talvez não tarde pra perceber
Uma vida sem uma mulher
Não merece amanhecer



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ana

Cada sorriso,
o seu baseado

Cada preguiça,
a sua paz

Cada gota do chuveiro,
o nosso corpo

E cada palavra minha,
o seu coração

Hoje, cada pedaço de mim
quis uma fatia de você.

E continua querendo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Não, não é só poesia que ganho de presente das minhas amigas. Dessa vez o presente foi muito mais inusitado. Não que eu nao o conhecesse de perto, mas dessa vez foi tudo oferecido pra mim, em meu nome. Do que estou falando? De uma bunda. De quem? De uma amiga. Dedicada pra quem? Pra mim, claro. Confiram a bunda e o blog. Vale a pena, os dois. kiss


http://muitoparticular.zip.net/

domingo, 12 de outubro de 2008


Acabo de encontrar um besouro agonizando dentro da privada. O que eu poderia fazer? Nada. Então, fiz o que tinha ido fazer: mijar. O fiz e percebi que isso transtornou ainda mais o besouro. Talvez porque na minha urina ainda tivessem resquícios das vodkas de ontem. De qualquer modo, dei a descarga. Odeio lidar com a morte, mas foi o melhor pra ele.


sábado, 11 de outubro de 2008

Pará.
Longe e feliz.
Maré boa, grande.
Quase coca na cabeça.
Quase não preciso de mais
Sempre preciso demais; impreciso
Me dê mais. Sem choro em quarto de hotel.
Lembrei dum quase Carlos que ateia, à toa, ao leo

Flávia Krauss

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

To deitadinho. Ouvindo chico. Seus seios ainda estão nas minhas mãos...por aí... é tarde, mas tb é cedo...ainda há tempo pra tudo... Tive um dia bom... tomei uma pinguinha no fim do dia.... fiz a janta pra galera... tomei um banho... tirei o sal e o mal do meu corpo... e agora estou aqui pensando em amanhã, na noite de amanhã...como resistir? Como não resistir? Enquanto isso o sono tá quase se deitando do meu lado... quer me seduzir, mas não quero...se fosse a soneca eu comia, mas o sono não... nem o cu dele eu quero... aliás, mulher de amigo meu pra mim é homem: só como o cu... adoro falar isso...ahahahahahahah .... nossa, minha barriga anda sendo muito querida por mim, ninguém tem igual.... como como como e nada... ela resiste a torresmos, cervejas, pão, leite, tudo....uma barriga de ouro, ingordável... meu pinto tb é de ouro, não vaza nenhuma gotinha o dia todo...ê beleza de corpo....só o que não presta muito é a cabeça....ela quer sempre sair do corpo, e é difícil segurar... haja juízo... Então ficamos assim: amanhã eu me mato e no sábado alguém me ressuscita...vou comprar até água de coco... ressaca nunca mais... só as vezes, por engano....Alguém acaba de chegar aqui na casa...deve estar bêbado pra variar...tá batendo os portões....cachaça é foda... ninguém resiste...como disse, hoje só tomei umazinha... de qualquer maneira preciso conhecer urgentemente uma mulher interessante.... aqui deve ter, mas deve ser bem escondido... só achei duas até agora, mas são comprometidas...as outras são só as outras....coisa pra sábado à noite e mais nada.... é triste isso, mas tem gente que só presta pra um sábado....talvez eu também seja assim... e olha que sou filho de pessoas que são e foram pr vida toda... devo ter nascido do avesso... bom, não posso reclamar, sei até escrever...quase ninguém sabe... sei fazer outras coisas tb, mas ninguém anda muito interessado.... e, realmente, odeio andar de mãos dadas, mas hoje eu toparia... zzzzzzzzzzzzzzzzz

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Instinto selvagem



Quem respira vive. Quem vive ama. Quem ama sofre. E quem respira, vive, ama e sofre há mais tempo tem mais história pra contar.

Eu, por exemplo, tenho uma pilha de casos mal resolvidos pra contar. Já me apaixonei por vizinha, prima, irmã de melhor amigo, por atriz de seriado americano, atriz de novela, por professora, por melhor amiga, por colega de trabalho, por mulher casada, por amiga da minha mãe.... e, curiosamente, acho até que por uma cachorra da família também já fui apaixonado.

Seu nome era Luma de Oliveira. Era uma pastora alemã misturada com husky siberiano, então ela tinha tudo de pastor menos o tom amarelado da parte de baixo. Além disso, era uma cachorra linda, simpática, cheia de energia e super companheira. Aonde eu ia, ela ia atrás, sempre com muita alegria, doida pra brincar.

Aí, em um belo dia a Luma ficou no cio. E aquilo pra mim era novidade, nunca tinha visto uma cadela no cio. Ouvia muito falar, ouvia dizer do sangue, do cuidado pra não deixar qualquer cachorro se aproveitar e etc, mas nunca tinha convivido com isso de perto, dentro de casa.

A princípio não parecia haver nada demais. Ela apenas soltava umas gotinhas de sangue pelo terreno, mas nada demais. Meu maior choque mesmo se deu quando, sem querer, num dia desses, me deparei com a buceta dela. Até então eu nunca poderia imaginar que ocorresse alguma alteração na buceta de uma cadela quando entra no cio, mas acontece. A buceta dela tinha triplicado de tamanho. Tinha se transformado numa coisa estranha, enorme, obscena, e, confesso, tentadora.

Na cabeça de um moleque como eu, aquilo não tinha como não render milhares de elucubrações. Não lembro ao certo minha idade na época, mas eu já devia ser um punheteiro em potencial.

Foi então que a minha paixão pela Luma aumentou consideravelmente. Eu tinha medo, mas morria de vontade. Como seria comer a Luma? Será que eu ia machucar ela? Será que ela ia gostar de ser comida pelo seu dono? Será? Será? Será?

Bom, eu não sabia. Mas isso não diminuía em nada o meu desejo. A buceta da Luma parecia um cachimbo enorme e, pelas minhas contas, meu pinto daria certinho ali dentro. Tão certo que num desses dias decidi colocar a coleira na Luma e levá-la pra dar uma volta pela chácara, pois fundos do terreno havia um bambuzal bem grande e com uma sombra muito gostosa. Então, levei a Luma até lá e amarrei-a num mourão. Eu ainda não sabia direito o que ia fazer, mas já estava fazendo. Quando dei por mim, a cachorra já estava amarrada e eu completamente hipnotizado na buceta dela. Lembro que cheguei até a fazer carinho nela, devo ter conversado alguma coisinha, falado alguma besteira, mas não me permiti nada além disso. Eu queria, mas acabei desistindo. Talvez ainda houvesse um resto de juízo na minha cabeça vazia.

O legal de tudo isso é que além da coleira pra amarrar a Luma eu também tinha levado até o bambuzal uma máquina fotográfica que meu pai tinha acabado de comprar. Era daquelas câmeras profissionais que a gente tinha que saber fazer foco, comprar o filme certo e tal. E, como naquele dia acabei não fazendo amor com a Luma, acabei pelo menos registrando aquele momento pra sempre.

A fotografia da Luma no cio, amarrada e olhando pra mim existe até hoje num dos álbuns de fotografia da chácara. E eu, de um jeito ou de outro, também continuo por aqui até hoje guardando cada pedacinho de vida que pude fotografar ou não. Às vezes com a câmera dos meus olhos, às vezes com o olho do meu cu, às vezes com o filme do meu coração.

Viva a Luma, a fêmea mais inteligente que já conheci.

domingo, 5 de outubro de 2008

domingos


Em São Paulo dizem: o carlos é inteligente, vagabundo, amigo, bebe o suficiente, feio e querido.

Em Ribeirão Preto dizem: o carlos é maluco, trabalhador, tem dupla personalidade, bebe demais, bonito e gay.

Mas aqui dentro diz: o carlos é normal, não gosta de morte, ama e odeia todo mundo, inseguro, divertido e vive formulando perguntas sem resposta.

...o pior é que ninguém tem razão.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Manifesto clitoriano


Sim, um pinto grande é capaz de fazer toda a diferença na vida de uma mulher. Não que seja o mais importante. Muito pelo contrário, pois quando há amor um pinto vale menos que um beijo na palma da mão. Mas quando o assunto não é amor, um pinto grande pode sim fazer a diferença.

Talvez a coisa nem seja tão física, mas, ainda nos tempos de hoje, é só através de um pinto grande que uma mulher consegue se livrar de todas suas culpas.

Sim, o mundo de insegurança, medo, pudor e veneno de que é feito uma mulher só se purifica através da dor. Infelizmente, a maioria ainda se sente inferior e não merecedora de sua felicidade, e é através do sacrifício e da dor que elas se libertam. É como um dízimo para se obter a redenção, o perdão, a paz.

É por isso que desejo a todas vocês um pinto enorme, capaz de abrir os caminhos, de libertar vocês. E que todas suas neuras, suas inseguranças e suas maldades se vão com o orgasmo mais prazeroso que possa existir. Quem sabe assim o mundo de vocês e o nosso se torne mais verdadeiro. Viva os pintos redentores. Viva os lubrificantes. Viva a luz acesa, a gilete, os filmes da Rita Cadilac e a oportunidade que muitas ainda tem de escolher seus próprios homens. Chega de culpa. Chega de dor pra se penitenciar. Só chupem da dor o prazer. E o resto cuspam de volta pro mundo. O mesmo mundo que ainda não permite que vocês apenas vivam, amem, sejam e gozem.