quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sem notebook, sem tempo, sem saco... assim fica difícil.... Aí recebi uma mensagem carinhosa hoje cedo da minha amiga Bi e resolvi compartilhar...

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” .

Amyr Klink

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Folhinha

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Sorriso de flor

Palavra sem espinho

Fotossíntese do amor

Jardim dos meus caminhos

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu

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Todo mundo na vida é um pouco canalha,

diz que ama só pra não perder

Todo mundo se perde no amor que acredita,

enquanto a ficha demora a descer


Todo mundo se envolve, se põe a perigo,

engravida pra não envelhecer

Todo mundo reclama, não vive, não ama

No fundo todo mundo é você

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 5 de abril de 2010

E se existisse alguém assim

Fazia tempo que eu não tinha uma noite só pra mim.
Anos depois de ter saído de casa, para experimentar a vida em uma outra cidade, cá estou de volta, em casa, no mesmo lugar aqui do lado da sacada, com minha vista pra lua.
Era desse jeito que eu sempre escrevia minhas coisas. Às vezes completamente bêbado, outras completamente depressivo, mas isso não importava muito. Nada anos atrás me importava muito. Tudo o que eu queria era por pra fora tudo que sempre ficava pra dentro.
E agora, de novo aqui no meu canto, sinto como se tivesse me reencontrado.
Se pudesse, repetiria todos os dias essa cena: eu, minha noite, uma tela em branco e a lua.
Sei que parece tudo meio idiota quando a gente revela essas coisas. Mas, curiosamente, não me importo em parecer ridículo quando estou sozinho. Meu problema é a multidão, os olhares do dia.
No fundo, acho que não passo de uma coruja que tenta passar o dia todo sem mexer a cabeça, com medo de levar pedrada. Mas à noite, exatamente aqui, bêbado ou não, parece que meu olho brilha, meu batimento acelera e as palavras surgem me fazendo cócegas.
Hoje, poderia concluir as dez poesias que tenho por terminar. Poderia escrever uma carta de amor para o meu pai, uma crônica qualquer, uma novela inteira. Porque este instante é o meu eixo. É a minha solidão e as minhas palavras me fazendo companhia, é a paz que pessoa nenhuma consegue me dar.
E quem escreve ou gosta de escrever, sabe como são essas coisas. Não há escolha. Ou você escreve ou, de alguma maneira, a vida te faz se sentir apagado. É como um karma que, mais cedo ou mais tarde, surge e vem cobrar suas palavras, suas angústias, seus sentimentos.
Para os que têm talento, acaba sendo uma benção. Para os que não tem, vale como alguns minutos de paz. Para os que se identificaram, o único jeito de realmente respirar, viver e suportar a multidão.

domingo, 4 de abril de 2010

ando com vergonha de postar alguma coisa aqui...sigo escrevendo, mas to com vergonha....medo de estar fazendo papel de idiota por aqui.... não sei.... devo ter finalmente envelhecido....