sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Vaginologia

Chupar buceta é como andar de bicicleta: não se aprende em um dia, em uma pedalada, em uma trepada. Por mais talento que você tenha, existem inúmeras coisas que influenciam naquela hora e fazem você agir e reagir de formas diferentes.

Por isso, acredito que ninguém deve chupar buceta igual a ninguém. Eu mesmo já mudei várias vezes de estilo, conforme a situação ou minha idade sexual.

No começo, você realmente não sabe muito bem o que deve ser feito. Por mais filmes pornôs que já tenha assistido, na hora que você encara aquele bucetão na sua frente as coisas mudam. Você não sabe se deve mexer a língua pra cima ou pra baixo, se chupa ou se lambe. Ou então se chupa e lambe e assopra e cospe, tudo ao mesmo tempo, sem parar para respirar.

Sim, no começo é assim. Você enfia a língua lá sem a menor noção do que deve ser feito. E o pior, na maioria das vezes acaba caindo de boca em bucetas que não mereciam nem uma dedada à distância. É, porque tem muita buceta por aí que tem cheiro de morte.

Claro que buceta 100% cheirosinha não existe. Mas toda buceta, digo mulher, que se preze, deveria ter uma buceta que apenas exalasse o seu natural e inebriante cheiro de sexo. Nada além disso.

E quanto às formas de chupá-las, mais uma vez volto ao eterno drama das línguas masculinas que nem sempre sabem muito bem como se comportar.

Tenho certeza que muito já passaram por aquela fase de achar que o certo é ficar sobre o clitóris mexendo a língua como se fosse a de uma cobrinha.

Também comum são os homens que acham que a língua deve ser uma substituta do pinto, enquanto ele não endurece. E assim ficam tentando manter a língua ereta e enfiá-la a todo custo dentro da buceta.

Há também aqueles que chupam uma buceta como se estivesse chupando uma manga, e quando levantam o rosto, se mostram todos lambuzados; os que se assemelham a um gatinho tomando leite e até aqueles que não tem coragem de cair de boca com vontade e ficam só contornando a mocinha. Enfim, jeito de chupar é o que não falta.

E se você me perguntasse qual será que é o jeito certo, sinceramente também não sei. Tem dias que faço tudo o que foi descrito acima ao mesmo tempo, noutros escolho apenas uma das táticas e me mantenho nela.

Mas, acho que o mais importante é fazer o serviço sempre prestando muita atenção na moça, na sua respiração e em seus movimentos. Feito isso, o resto é conversa de bar e de oficina mecânica. Pura chutologia.

E assim, com uma puta água na boca de tanto ficar falando em buceta, encerro mais este breve diálogo de um pinto só.

Espero que você não seja tão idiota a ponto de acreditar no que foi escrito aqui e, principalmente, que não tente fazer essas coisas em casa.

Afinal, no universo masculino as coisas funcionam sempre como diz aquele velho ditado: buceta de casa não faz milagre.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Sim,

Há poesia na dor

Há tristeza na flor

E há palavras que a gente

jamais quer sentir


Sim,

Há destino sem par

Há casal sem luar

E há olhares que o amor

jamais vai unir


Mas,

Há saída no fim

Há o sol, há o sim

E há o tempo que rima

com o verbo se amar


domingo, 17 de janeiro de 2010

Sábado foi sábado

Tudo começou mais ou menos às seis e meia da tarde, quando combinei com a Neide o horário dela me pegar em casa. Sim, sou um homem que é buscado em casa toda vez que vou sair à noite. Morra de inveja.

Então, às nove ela me pegou em casa e fomos para o bar encontrar a galera. Bom, na verdade a galera só chegaria mais ou menos uma hora depois, mas a culpa não é deles. Eu é que sempre sou muito ansioso e gosto de chegar cedo no bar. Até porque quanto mais cedo eu chego, mais eu me divirto, claro.

A noite estava uma noite bem chuvosa. E, graças à garoa que não parava, fomos obrigados a caminhar do estacionamento até o bar debaixo de um guarda-chuva. Uma cena besta e comum, mas que ganha um significado e uma beleza diferente quando você está acompanhado. Coisas que só eu reparo.

Já no bar, pedimos nossas vodkas e nós colocamos a esperar por nossos amigos.

Aos poucos, um a um foi chegando e daqui pra frente de pouca coisa eu vou lembrar. A sorte foi que a Eli apareceu com sua super máquina fotográfica e registrou tudo o que a gente consegue viver em apenas uma noite.

Confesso que depois que entrei na festa, me lembro de poucas coisas com certa coerência. Mas, como a intenção de sair com meus amigos é sempre a de perder a coerência e o medo de ser feliz, segue o link de mais uma noitada inesquecível: 


- Link excluído por motivos que não tenho tempo pra explicar agora. 





Saldo da noite:


345 vodkas

15 Swechpes citrus

157 execuções da frase “eu te amo”

5 passadas de mão na minha barriga

93 beijos na Neide

9 selinhos não identificados

1 cantada homossexual

1 beijo na Neide atrás do vaso do hotel

1 Quarteirão com fritas, nuggets e suco de laranja pequeno

1 brochada

10 horas de dor de cabeça

20 horas de ressaca

1 promessa de não beber tanto no próximo sábado

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Bi 2.9 - Amo

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos. 
Nem tão longe e nem tão perto. 
Na medida mais precisa que eu puder. 
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, 
Da maneira mais discreta que eu souber. 
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar. 
Sem forçar tua vontade. 
Sem falar, quando for hora de calar. 
E sem calar, quando for hora de falar. 
Nem ausente, nem presente por demais. 
Simplesmente, calmamente, ser-te paz. 
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender! 
E por isso eu te suplico paciência. 
Vou encher este teu rosto de lembranças, 
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias.

Fernando Pessoa

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ultimamente, tenho me policiado muito para não deixar a tristeza me atrapalhar, principalmente porque não ando tendo mais motivos e nem tempo pra isso.
Continuo sendo uma pessoa insatisfeita, mas cada vez mais satisfeito.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Finalmente minha mãe saiu da sala. Acho que fazia uns quinze dias que ela não saia daqui.

Isso significa que agora posso escrever sossegado, sem me sentir vigiado pelos olhares curiosos que ela lança a cada minuto na tela do meu notebook.

Parece besteira, mas não é. Escrever qualquer coisa com a mãe olhando é impossível. Agora tô compreendendo porque nunca mais arrisquei fazer uma poesia. Fazer poesia com a mãe olhando é como tentar bater punheta com a porta aberta: não dá.

Com isso, acabo deixando de contar um monte de coisas que ando vivendo ultimamente. Coisas que se eu topar pular de paraquedas neste fim de semana e morrer, ninguém nunca mais saberá.

Boa noite. kiss