quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Empoeirado

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Se acostumou...
Com a esperança...
De que o tempo...
O esperasse...

Se acostumou...
Com o conforto...
Da poltrona...
Do passado...

Se acostumou...
Com tudo...
Com todos...
E com o nada...

Se acostumou...
Engoliu o choro...
Não assumiu a culpa...
Mas queria mudar.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

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Estive até agora pouco no bar. Acabei de chegar em casa. Mas não estava sozinho não. Minha namorada me fazia uma boa companhia. A gente se dá muito bem no bar. Coisas de quem sabe que o álcool nos aproxima de deus e das coisas boas da vida. Enfim, estava eu lá no bar, com minha namorada, quando de repente uma vontade fisiológica de mijar dominou meu ser.

Imediatamente, pedi licença para ir ao banheiro e fui. Chegando lá, um segundo antes de empurrar a porta e entrar no banheiro, avistei uma mulher gostosíssima também entrando no banheiro, mas no das mulheres.

Porém, antes mesmo que nós dois realizássemos o movimento na porta e entrássemos cada um em seu banheiro, pensei: essa gostosa deve ter um bucetão enorme, e deve mijar gostoso.

Dito isso em minha mente, entrei no banheiro e fui em direção a um dos três mikitórios do recinto. Logo, abri minha Calça, pus meu pinto pra fora e fiquei aguardando que o meu mijo jorrasse por ele.

O problema é que ocupando os outros dois mikitórios já tinha dois caras, e acabei ficando meio tímido com a situação. Conclusão, o mijo começou a atrasar. Fiquei com o pau pra fora uns trinta segundos. E os caras ao lado, lógico, achando que eu era gay.

Mas, na verdade, a timidez não era o único motivo da minha vergonha urinária. Pois assim que entrei no banheiro, e ainda pensando naquela gostosa que tinha entrado no banheiro ao lado, reparei que a parede do nosso banheiro não ia até o teto. Ou seja, não cortava diretamente a comunicação com o banheiro feminino.

Foi quando, de repente, enquanto eu me envergonhava ali sem conseguir mijar por causa da presença dos caras, um som divino começou a vir do banheiro ao lado. Como se fosse uma égua mijando, a moça começara a mijar com muita força e destreza no banheiro ao lado, fazendo um som ensurdecedor. A essa altura, eu já era capaz de imaginar aquele bucetão todo desabrochado, despejando aquele mijo grosso, consistente.

Foram os segundos mais sexys da minha semana toda. Aquele som, aquela proximidade e a minha imaginação materializando a imagem de uma mulher semi-agachada, mijando com toda pujança, valeram a minha noite.

Tanto que segundos depois, já com o banheiro todo só para mim, meu pau se extrovertiu o suficiente para começar a mijar tranquilo e saudávelmente.

Tudo isso, desde a entrada no banheiro até a última gosta de mijo, não durou mais que um ou dois minutos. Mas, fiz questão de dividir com você essa cena e tentar reviver, pelo menos de alguma maneira, o som daquela invejável mijada feminina.

E que deus proteja aquele santo bucetão. Boa noite. kiss

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tegretol 200mg


Fila da sorte?
Nem a senha

O telefone eu atendi:
Notícia péssima

Shampoo pra cabelo seco?
Não, porra!

Nem as flores do seu vestido eu pude ser
Chega.

Desisti do amor há dois minutos
Coração e genitália pro lixo

Desisti também de imitar o mundo
E vou parcelar minha fantasia no cartão

Quero uma arma e um comprimido
Talvez eu durma, talvez eu mate alguém

Boca cheia de formiga?
Não. De areia da praia, pelo amor de Deus.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Soneto de Aniversário

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece…
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.


Uma lembrancinha para a minha amiga Fabiana Gonzalez.

Pessoa querida que eu gosto tanto... pra caralho, na verdade.

Feliz aniversário, Bi.

kiss


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

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Ela era eu,
era o bar,
era tudo o que eu
gostaria de ser

Ela era a dose,
era o riso,
era a música e o improviso,
que me pediam por lá

E o que eu tocava tocava
E o que ela ria fazia
todo o meu rosto e o meu dia
se rubrenecer

Alina, você nem sabia
Que o bar, o violão e a poesia
Só iam pra onde ocê ia
Pra poder te rever.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vida dura

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Antes que alguma coisa boa aconteça, quero dizer que não acredito em hipótese nenhuma que algo bom possa acontecer.

Enfim, hoje vou precisar de umas três punhetas pra pegar no sono. Tô agitado, tô nervoso, tô sem beber há 4 dias.

Aqui não tem pássaro azul porra nenhuma. Isso é coisa do Bukowiski. O que tem aqui dentro é um demônio que vive beliscando meus mamilos pra me torturar.

Achou sensual? Então me chupa. Deus também morre de vontade de tanto me ver batendo punheta olhando pra cima.

Mas a intenção é essa mesmo. Pois toda vez que gozo olhando para cima, faço a mesma pergunta pra deus:

Por que só três segundos de prazer?

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