terça-feira, 28 de julho de 2009

Hoje economizei muito dinheiro, muito mesmo. Tem dias que vou ao supermercado e gasto trinta reais comprando apenas um saco de bisnaguinha e uma lâmina de barbear. Mas hoje foi diferente.

Hoje, tudo o que eu queria estava em promoção. O shampoo Dove que dias atrás estava sete paus, hoje paguei cinco.

A dúzia de ovos, geralmente pago dois e oitenta e oito. Mas hoje paguei um e oitenta e oito.

Sabonete Luz, de setenta centavos por cinqüenta e nove. Peguei dois, um luxo.

Que mais? Ah, o Nescau. O Nescau hoje estava por dois e setenta e nove. Só por dia levar uma lata por pessoa, mas era o que eu precisava. O presunto e o queijo, não reparei no preço, mas tudo bem. Dessa vez passa.

Ah, comprei também dez pacotes de miojo, mas não da nissin lamém. Da nissin custava um e dezessete, mas da Maggi só oitenta centavos. Aproveitei, claro.

Depois fui atrás de margarina. Não que eu não tivesse em casa, mas depois que o pote fica meio fuçado por muitas facas ou meio feio, prefiro começar usar um pote novo e deixar o antigo pro pessoal da pensão. Frescura de bicha, claro.

Mas, voltando às compras, também consegui pagar hoje na margarina Delícia só um e sessenta e nove. Ui. Paguei barato. Geralmente as margarinas de meio quilo custam mais de dois reais.

Por fim ainda descolei um combo com três pacotes de bolacha maisena, para aliviar as dores da minha gastrite, por apenas três reais. E foi pura sorte. Porque todas as bolachas que estavam abaixo da minha visão eram mais caras. Mas na gôndola de cima, onde pouca gente alcança, tinha um monte de bolacha a preços ótimos.

Enfim, é isso. Foda-se.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Beber liberta. Mas não é só isso. Beber traz você ao seu ponto de equilíbrio, mesmo te desequilibrando. Porque quem bebe, enxerga melhor o que quer, o que sente e o que espera do futuro. Por exemplo, agora sei exatamente o que quero: dormir e parar de me abrir por aqui, senão jajá vai sair coisa que não devia. Sim, sou um labirinto. Quem conhece a parte boa que aproveite, porque não deve durar muito. Meu coração está definhando de saudades, de tudo, de todos, de vcs. Enfim, é necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela. É isso, com ou sem sal.

terça-feira, 21 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Manual técnico das minhas despedidas

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Kis – Estou ou estava com pressa; possibilidade grande de que a sua mensagem tenha sido idiota e desprezível.

Kiss – Você é de casa, tem meu apreço, amizade e pode se sentir realmente beijado(a) quando assino desta maneira.

Kisss – Você sabe mais do que devia a meu respeito. Porém, é querido(a) de um jeito diferente: mais carinhoso, mais tenro, mais emotivo; tem um pedaço do meu coração.

Kisssssssssssssss – Nada substitui sua presença, sua alegria, sua energia. Em cumprimentos assim, você pode se sentir beijado(a) e mordido(a).

Kissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss - Você é uma paixão, minha metade na pista, no palco e na vida. Será eternamente amada ou odiada, mas sempre um motivo de muita saudade e carinho.


Kiss


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sangue e suor

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A primeira pergunta foi: você já doou sangue alguma vez? Respondi que nunca e fiquei esperando que a enfermeira me dissesse alguma coisa doce do tipo: fica tranqüilo, é rápido e não dói nada. Mas ela não disse. (Musica de tensão).

Próximo passo: teste de anemia. Meu coração nessa hora lógico que disparou, até porque com essa cara de doente que tenho, as chances eram grandes do diagnóstico ser "paciente incapaz de doar até aceno de mão".
Aí, de repente, ela pega um negocinho e sem te avisar fura seu dedo. Uma dor enorme. Tudo bem, nem doeu, mas aquela gota que sangrou podia ter me matado de hemorragia (risos). Resultado: acabei passando com louvor no teste da anemia.

Agora era a hora da entrevista:
- Hepatite?
- Não.
- Fuma?
- Não.
- Bebe?
- Bebo.(sorri)
- É gay?
- Não.
- Não mesmo?
- Não. (Como assim "não mesmo"? Tenho cara de gay?)
- Quando transou pela última vez?
- Gaguejei. (sou mais acostumado a falar sobre masturbação)
- Usa camisinha sempre?
- Sempre.
- Sempre mesmo?
- Sempre mesmo. (o pior é que é sempre mesmo)
E assim por diante. Umas cinqüenta perguntas. Eu já estava vendo a hora dela perguntar se eu estava em dia com as prestações do Baú, mas não aconteceu.
Minha única cagada na hora de responder esse tal questionário foi que confessei que tinha almoçado uma feijoada completa.
Aí a moça me mandou ficar assistindo televisão na sala de espera por uma hora até meu sangue ficar sem a tal gordura do almoço. A sorte é que eu tinha levado um livro, porque a novela que passava no Vale a Pena Ver de Novo, eu já tinha assistido pra variar.

Então, durante este tempo segui lendo meu livro sobre o nazismo e descobrindo que naquela época, por ordem do Hitler, todo alemão que saia do país era obrigado a levar um monte de catálogos e folders falando bem da Alemanha pra entregar às pessoas comuns nos paises em que fossem conhecer. Genial né?
Mas voltando a sangria do porco que vos fala, é chegada a hora da verdade. Mesmo com a sala de espera vazia a enfermeira fez questão de me chamar gritando o meu nome e assim a acompanhei até o abatedouro.
Chegando lá, sentei naquela cadeira parecida com a de um dentista e comecei a ouvir as recomendações. Primeiro ela me perguntou se eu tinha almoçado bem. Não sei o que seria almoçar bem pra ela, até porque ela tinha uma cara de que almoçava Buchada de bode diariamente no boteco. Mas respondi que sim.
Aí ela perguntou se eu tinha medo de alguma coisa. Pensei em responder que tinha medo da fatura do meu cartão, mas me calei e me comportei como um homem.

Só sei que quando tomei coragem de olhar, já havia uma puta agulha grossa enfiada no meu braço e eu nem tinha sentido nada.
Então, ela meio apreensiva pela minha cara de defunto, reiterou que qualquer problema era pra chamá-la. Eu concordei com a cabeça e continue olhando pro outro lado pra não ficar impressionado com o meu sangue sendo derramado.
Porém, ela não teve muita coragem de sair de perto de mim e ficamos juntos até terminar tudo.

Já perto do fim, ela me entregou um saquinho e mandou eu comer tudo antes de sair. Mandou mesmo.
Numa hora dessas, qualquer pessoa normal come e pronto. Mas e se eu não gostasse do recheio do lanche? Só sei que fui tirando do saco aquele pão e rezando pra ser recheado com alguma coisa que eu gostasse. Pra minha sorte, era só um lanche com presunto e queijo. Ufa.

Depois disso e de mostrar que tinha comido tudinho, ela entregou meu RG e um questionário sobre a qualidade do atendimento deles. Respondi rapidamente que tudo tinha sido ótimo e saí de lá me sentindo literalmente mais leve.
Pra quem nunca tinha feito isso, acho até que me saí muito bem. Talvez a minha função na terra só tenha sido mesmo a de vir pro mundo e doar algum dia um pouco de sangue que ajudasse alguém a sobreviver. Se for só isso mesmo, tudo bem. Aceito meu destino.
Agora se você também ainda não descobriu sua função na terra e tem um tempinho livre pra se doar, dê um pulinho lá e doe seu sangue também. Ver toda aquela estrutura completamente vazia enquanto tanta gente morre por falta de sangue me cortou o coração. Ano que vem estarei lá de novo. E você, quando vai?

Maiores informações: http://www.beneficencia.org.br/doesangue.htm

Ou então
você pode ir doar no Hospital das Clínicas de São Paulo - Banco de Sangue - e informar que está doando por JOÃO LOURENÇO DE CAMPOS que está internado no Instituto do Câncer.
A filhinha querida dele, a Eli, ficará muito feliz com seu gesto.
kiss


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tudo, não posso dizer. Aliás, faz tempo que não posso dizer tudo. Virei um cuzão.

Pra tentar me redimir, estou assistindo a um jogo de futebol agora na TV, como se eu fosse um cara normal e tal.

Peidei. Sim, apesar de tudo, eu ainda solto uns puns por aí. Bem fracos, é verdade. Mas solto assim mesmo.

Por que reclamo tanto? Porque nasci com a alma descolada do corpo.

Cada um quer ir para um lado diferente, e fico aqui no meio desse cabo de guerra.

Tenho lido sobre isso. Isso existe. É como se meu ego quisesse dominar o meu corpo; e o meu corpo quisesse se livrar do meu ego e ser apenas alguém comum.

Sim, é por isso que sofremos. Vivemos 24 horas por dia nos perguntando: faço o que eu quero ou faço o que esperam que eu faça? Cruel, muito cruel.

Não quero me estender nesse assunto, não tenho tantos argumentos. Mas o que sinto é mais ou menos por aí. Há uma guerra aqui dentro e só quem tem saído ferido sou eu.

Enfim, chega de umbigologia. Vou dormir. Não que isso resolva, mas enquanto eu durmo pelo menos a briga entre eles pára um pouco. Eita ego difícil. Eita destino complicado.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tempo raro

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A pessoa neurótica tem medo de abrir seu coração ao amor, teme estender a mão para pedir ou para agredir; amedronta-a ser plenamente si mesma...

(trecho do livro que eu ia começar a ler hoje)


Se a verdade bater,

não atenda

Ainda é cedo

pra gente entender...

(trecho da poesia que eu pretendia escrever hoje)


Casais que usam a palavra amor para chamar um ao outro, não sabem o que estão dizendo. Por mais que a intenção seja pura e verdadeira, não se deve tocar no amor, assim, diariamente. Pra mim, chamar o seu namorado ou cônjuge de “amor” todas as vezes que você quer dirigi-lo a palavra, apenas contribui para banalizar tudo; o amor, você, a sua vida...

(trecho do texto que pretendia vomitar hoje)





terça-feira, 7 de julho de 2009

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Não importa o que sou ou que faço: nunca vou decepcionar meus pais.
E isso é o mínimo que vc também deve fazer em sua vida medíocre.

Numero 5 - O sedutor

A pessoa 5 é extremamente sensual. É provocante, adora se insinuar usando palavras chocantes e até vulgares. Não lhe agrada o básico, da relação convencional. Na sua vida amorosa é impulsiva, entusiasta e adora inovar. Quanto mais sabor aventura, melhor será o sexo. Você deseja tudo e também dá sem limites. Mas é difícil satisfazer você. Você sabe como agradar, como seduzir, como mimar, como convencer. Você sabe como se tornar indispensável para o seu parceiro. Na realidade você tem é muito charme! E sabe como combinar com uma certa dose de erotismo. Seu parceiro precisa ser inteligente e estimular a sua mente, não somente o seu corpo. No amor a pessoa 5 adora todas as fantasias. Pode brincar de exercer vários papéis, em diversos e exóticos ambientes.

Sonrrisal limão é a roda em forma de roda. O drink ficou ótimo e ainda desceu com aquele sentimento de que protegeria o meu fígado. Graças a deus.

quinta-feira, 2 de julho de 2009



Essa semana bati um recorde: comi arroz e feijão todas as noites.

E o saldo foi tão positivo que a gripe que prometia me derrubar, não derrubou. Pelo contrário, tá saindo de fininho sem eu nem ter precisado gastar dinheiro com remédio. Tudo isso graças a Vera, uma moradora aqui da pensão que anda cozinhando pra gente - um anjo.

Hoje, por exemplo, comi arroz, feijão e ovo. Pobre? Talvez. Mas pra quem teve a sorte de crescer comendo só coisas boas, comer ovo hoje em dia é inclusive divertido. Além disso, a pobreza nunca está nas coisas, está nas pessoas.

Eu realmente não me importo em comer miojo, salsicha, tomar água ao invés de algum suco depois de jantar e assim por diante. Acho que nesse ponto fui extremamente bem criado pelos meus pais.

Embora eu seja a criatura mais fresca do planeta, não chego a ser uma pessoa exigente ou chata. É como minha mãe sempre diz: pra mim, qualquer paixão me diverte. E é exatamente assim que encaro meu dia-a-dia.

Claro que essa felicidade toda nada tem a ver com as minhas crises e angústias interiores. Mas, sabendo dividir e separar um carlos do outro, todo mundo acaba encontrando em mim um sujeito que topa qualquer boteco, qualquer assunto, qualquer música, qualquer ovo.

Deve até ser por isso que, com o passar dos anos, me transformei em alguém que vive rodeado de mulheres lindas e inteligentes. Porque só quem tem sensibilidade feminina consegue enxergar que o amarelo do ouro e o amarelo de um ovo, realmente, não são iguais. Mas o carinho com que ambos podem ser dedicados a alguém sim.