segunda-feira, 27 de abril de 2009



Tenho dormido ultimamente com protetor auricular.

Não que eu tenha algum problema com insônia ou coisa parecida, mas na hora de dormir tenho gostado de me sentir morto.

Acho que me sinto mais seguro sabendo que não serei capaz de ouvir o barulho das desgraças, dos acidentes, das mortes.

De certa forma, sei que isso tem sido o meu jeito de fugir do mundo, pelo menos durante à noite.

Sim, ando fugindo um pouco do mundo. Nunca estive tão ansioso quanto ultimamente.

Sinto que há algo a ser conquistado, mas não consigo identificar o quê.

Mesmo assim, a angústia tem procriado aqui dentro. Chego até a ter saudade das minhas fases prozaquianas. Aquilo dava uma paz.

Enfim, tem sido chato ficar olhando todos os dias das nove às meia noite pro computador sem conseguir fazer nada de útil.

Acho que minha tendência pra ser inútil anda muito exacerbada. Assim como o meu sentimento de culpa por todas as coisas. É, tá difícil.

Mas, tudo bem. Enquanto a angústia me perseguir é sinal que ainda não enlouqueci.




quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dedicação total ao prazer




Ontem minha vizinha de quarto emprestou uns DVDs pornôs pra eu assistir.

Imediatamente, aceitei a oferta. Não por falta de algo melhor na Internet, é que todos os filmes eram só com mulheres. E isso me interessou.

Minha verdadeira intenção era tentar aprender a tocar uma mulher de alguma maneira diferente, mais prazerosa, nova, sei lá. Mas confesso que me desiludi um pouco.

Os filmes eram ruins demais. Por mais gostosas que as atrizes fossem, sempre parecia que faltava alguma coisa. Bom, e faltava mesmo. Faltava um pinto de carne e osso.

Durante o filme todo as moças só ficavam numa chupação sonsa e sem a menor graça. Sequer arrisquei bater uma punheta.

Aquela tal de Tammy – filha da Gretchem – também virou um homenzinho literalmente. Tão homenzinho que deu até pra sentir o quanto ela também não entende nada de mulher.

No fim, senti que foi uma perda de tempo. Tudo o que elas faziam, eu sempre fiz. E, na hora certa, eu ainda tinha um pinto duro e quente pra oferecer. Já elas só tinham aquelas coisas de borracha e sem coração.

Só sei que terminei a sessão completamente convicto de que chupo uma buceta muito melhor que a Tammy. E vc nem precisa ter DVD pra conferir.



segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pois é, até que umas latinhas de meio litro dão um baratinho bom. Claro que não estou bêbado, apenas menos tímido.
Bom, também estou com bastante sono, mesmo tendo acabado de ver por longos e prazerosos minutos os seios da Courtney Love. Sim, aquela que era casada com o Nirvana.
Meu, vc precisa ver que par de seios mais lindos. Aquela junkie desgraçada roubou aqueles seios do céu....rosadinhos...
Onde vi isso? Acabo de assistir a biografia do dono da revista Hustler. Sim, aquela cheia de bucetas em super close.
O filme não foi nota dez, mas dei umas risadas boas. A hipocrisia provoca risos em mim, sempre.
Enfim crianças, hoje só amanhã. Na verdade, hoje já é amanhã, mas amanhã pretendo acordar um pouco diferente. Bom pelo menos vou tentar acordar com cara de homem que sabe o que quer.
Difícil, hein? Eu sei. Mas já me avisaram que seria assim. Não é fácil dirigir um Porshe podendo apenas engatar a primeira marcha. E esta é minha sina: ser um porshe com gasolina adulterada.
Mas ok, meu sonho nunca foi esse. Nasci pra ser pobre e morro de vontade de comprar um Fiat 147, branquinho, só pra ir trabalhar todo dia.
Sei que seria uma cagada, mas essa seria a graça. Fazer o que todo mundo espera de você é muito chato.
Bom, chega de tomar o precioso tempo de vocês. Sim, porque vocês têm muitas coisas importantes a fazer, como ser medíocre e satisfeito com as coisas ao redor. Fiquem à vontade, o mundo é de vocês.
Meu porshe vai continuar parado por enquanto. Mas não tem problema, ainda não aprendi a guiar uma coisa dessas. Só aprendi até agora a perguntar sobre o porquê das coisas? E, claro, nunca obtenho resposta alguma.
Mas vou insistir até morrer: por quê?

só pra esclarecer: quando falo mal de vcs, não falo de vcs, falo de seus medos... que, no fundo, são iguais aos meus.... é isso... eu acho... amanhã leio com mais calma... e menos alcool

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Micro contos



Enfiava com força, em todos os seus buracos. E os que não existiam, eu arrombava. Exatamente como o meu pai fazia quando recheava um pernil.



- Bate, Paulo!

- Por quê?

- Porque eu mereço.

- Por quê?

- Porque eu estou te traindo.

- Por quê?

- Não sei. Pra mim também falta um porquê.



A cada gole, menos fútil, menos orgulhosa, menos insegura.

A cada gole, mais atraente. A cada gole, mais mulher.





quarta-feira, 15 de abril de 2009

Memórias de minhas putas noites



Certa madrugada, num quarto de motel, me deu uma vontade tremenda de cagar.

Então, aproveitei que minha parceira dormia e fui ao banheiro fazer o que tinha que ser feito. E fiz bem feito.

Porém, na hora que apertei a descarga, descobri que não funcionava.

Imediatamente, comecei a suar frio e a imaginar a cara de descontentamento da minha parceira quando descobrisse que eu tinha interditado o banheiro com um monte de merda. E não era qualquer merda, era daquelas merdas que quando você olha só te dá vontade de dizer: que merda.

Mesmo assim, respirei fundo e comecei a pensar numa solução.

A primeira, claro, foi a de pegar o telefone do motel e pedir ajuda. Mas o sono da minha parceira não seria suficientemente pesado para uma terceira pessoa entrar no quarto e consertar a privada em silêncio.

Foi então que tive uma luz. Olhando para o lixinho do banheiro, lembrei que quando faltava água em casa minha mãe sempre deixava um balde cheio de água no banheiro, pra gente jogar depois de cagar ou mijar.

Aí, aproveitando esse truque, abri o chuveiro e coloquei o cesto de lixo bem próximo dele, para o barulho da água não acordar a minha vítima.

Porém, o que parecia muito perto de um final feliz, na verdade não estava. Porque a porra do cestinho de lixo estava todo trincado no fundo e eu não conseguia enchê-lo sequer pela metade.

Por mais que eu tentasse tampar as rachaduras e abrir todo o registro do chuveiro para aumentar o volume de água, nada fazia a porra do cesto de lixo encher.

Foi aí que Deus, por pura piedade daquele que nunca mereceu graça alguma, me mandou uma idéia daquelas que você só encontra em exposição do Da Vinci.

Imediatamente, larguei o cesto de lado e fui ao encontro do meu novo salvador: um simples e imundo saco plástico que estava colocado naquele cesto antes de tudo acontecer.

Então, esvaziei logo todo o saco de lixo e coloquei debaixo do chuveiro para encher.

Assim que ele encheu, o carreguei cuidadosamente até a privada, despejei toda a água de uma vez só e consegui fazer aquela merda toda ir embora.

Depois desse dia, nunca mais caguei em um banheiro de motel. Mas sempre que vejo qualquer sacolinha plástica por aí, a dobro carinhosamente e guardo em qualquer cantinho.

A gente nunca sabe quando pode dar merda de novo.



segunda-feira, 13 de abril de 2009

amar é sofrer, sempre

Foi como sempre, foi como todas as outras.
Observei, admirei por um certo tempo e terminei me apaixonando.
E não tinha como ser diferente. Ela era atraente, vivia rodeada de pessoas legais, coloridas, admiradas. Realmente era difícil não querer fazer parte do seu mundo.
O pior é que quando tudo aconteceu, eu não era mais um jovem, já não tinha muita idade pra começar a amar de novo.
Mas todo velho sempre carrega uma esperança de que ainda pode fazer uma garota feliz, e comigo não foi diferente.
Então, passei a acreditar mais em minhas tolices e a investir cada vez mais nela, chegando algumas vezes ficar até obcecado.
Estudei suas preferências, inventei um monte de mentiras sobre mim e até mudei meu visual só por causa dela.
Depois busquei adquirir mais conteúdo, algo que chamasse mais a sua atenção ou que me desse condição de ao menos perder o medo de conversar com ela, de enfrentar seu brilho, a sua beleza. Mas também não funcionou.
O pedestal em que ela se encontrava era muito alto pra mim. Não por culpa sua, mas por culpa minha.
Por mais que eu tivesse nascido com um talento enorme para compreender o mundo ao meu redor, com ela a minha mediocridade não surtia efeito.
Talento eu tinha, mas sempre me faltava um pouco de alguma coisa que ainda não sei onde encontrar. E não tinha nada a ver com o meu visual ou com os meus excessos. Ela simplesmente não tinha mesmo muitos motivos pra gostar de mim, ou pra gostar de quem só começou a gostar dela tarde demais.
Sim, talvez seja isso. Se tivesse me declarado há mais tempo, talvez hoje minha história fosse outra e nós estaríamos muito felizes caminhando juntos. Mas não foi assim que aconteceu e sinto que nunca mais também irá acontecer.
Mesmo assim, hoje já não carrego tanto remorso por essa frustração. Já me sinto capaz de assumir mais este grande erro e seguir carregando ela no peito como sempre fiz com todas as outras.
Seu nome, se você quer mesmo saber, é Propaganda. Mas eu adoraria que você não anunciasse isso por aí.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dicas para o fim de semana

DVD: The Visitor (O visitante)
MÙSICA: Álbum Sticky Fingers (Roling Stones)
DRINK: 1 dose de conhaque + 1 copo de Fanta + 1 colher de groselha
CASA LIMPA: para remover manchas de sangue do lençol, use água oxigenada.
PRA VER DEUS HOJE À NOITE: meio ecstasy + meio viagra + meio LSD
FRASE PARA REFLETIR: Verdadeiramente imoral é desistir de si mesmo.
BEIJO ESPECIAL: para Eli.
Enjoy. kiss

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Twitter

A partir de ontem você também não me encontra no Twitter.
Experimente.

http://twitter.com/OralSemFrescura

terça-feira, 7 de abril de 2009

Saudade da igreja

Putaria é um negócio foda. Quanto mais você se aproxima, mais você perde o medo, o respeito e a vergonha.
No começo, tudo parece meio perigoso. As mulheres parecem mais vadias, mais sacanas e a gente tem uma tendência a procurar por segurança em primeiro lugar.
Depois, a coisa vai desandando e não pára mais. Aquelas putas que antes você achava justo pagar caro vão deixando de ser interessantes. E frequentar zonas mais refinadas também passa a se tornar uma coisa secundária muito cedo.
Com o tempo, a palavra custo-benefício vai crescendo dentro da gente mais rápido que uma ereção. Claro que o desejo de terminar a noite com uma puta gostosa, limpa e simpática continua em nossas cabeças, mas, com tempo, só o fato da mulher ser puta e ser economicamente viável já basta.
Nesse contexto todo, claro que a palavra vodka acaba desempenhando um papel importante nas decisões tomadas a partir das 4 da madrugada, mas, quando você está entre amigos bêbados e alguém na rua lhe oferece um chupeta por R$ 2,50, não há muito o que se pensar ou recusar.
Além disso, só tínhamos conseguido chegar nesse preço com a puta, porque seria um pacote fechado de 4 chupetas ao todo, totalizando dez reais. Ou seja, era um puta negócio pra gente e seria um puta negócio pra ela. Não porque dez reais era justo, mas por que com dez reais ela poderia comprar uma pedra pra fumar.
E era só isso que a interessava naquele instante. Tanto que a negociação foi até bem curta. Em menos de um minuto já tínhamos fechado o nosso pacotão da masturbação e, ali mesmo, no meio da rua, a gente ia tudo tirar o pau pra fora e deixar aquela puta velha chupar.
Porém, quis o destino que algo acontecesse a nosso favor. Por sorte ou azar, naquela noite, apenas um de nós quatro, aquela hora da madrugada, possuía uma nota de cinquenta reais no bolso. Os outros só tinham cartões de banco, como eu, por exemplo.
Inclusive, chegamos até a perguntar ingenuamente para a puta se ela seria capaz de trocar aquela nota e nos devolver quarenta reais. Mas, claro, ela disse que não tinha dinheiro algum.
Foi então que um amigo teve a brilhante idéia de levarmos a tal nota de cinquenta até um posto de gasolina que havia a poucos metros de lá, para trocar o dinheiro.
Imediatamente, todos topamos a empreitada e subimos no carro em direção ao posto.
Chegando lá, fomos apenas obrigados a comprar mais umas latas de cerveja, mas conseguimos trocar a grana.
O problema foi que quando voltamos ao local do crime, já era tarde demais. Um outro aventureiro, montado numa bicicleta, já tinha tomado o nosso lugar. E a puta que faria parte da maior pechincha sexual de nossas vidas já tinha conseguido o que planejava realizar: chupar um pau por alguns trocados pra depois numa pedra rolar.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aviso sem importância: estou sem acesso ao Orkut.
Sendo assim, Scraps, declarações de amor, vírus ou mensagens idiotas em geral, favor encaminhar pro meu email ou pra cá mesmo. kiss