Certa madrugada, num quarto de motel, me deu uma vontade tremenda de cagar.
Então, aproveitei que minha parceira dormia e fui ao banheiro fazer o que tinha que ser feito. E fiz bem feito.
Porém, na hora que apertei a descarga, descobri que não funcionava.
Imediatamente, comecei a suar frio e a imaginar a cara de descontentamento da minha parceira quando descobrisse que eu tinha interditado o banheiro com um monte de merda. E não era qualquer merda, era daquelas merdas que quando você olha só te dá vontade de dizer: que merda.
Mesmo assim, respirei fundo e comecei a pensar numa solução.
A primeira, claro, foi a de pegar o telefone do motel e pedir ajuda. Mas o sono da minha parceira não seria suficientemente pesado para uma terceira pessoa entrar no quarto e consertar a privada em silêncio.
Foi então que tive uma luz. Olhando para o lixinho do banheiro, lembrei que quando faltava água em casa minha mãe sempre deixava um balde cheio de água no banheiro, pra gente jogar depois de cagar ou mijar.
Aí, aproveitando esse truque, abri o chuveiro e coloquei o cesto de lixo bem próximo dele, para o barulho da água não acordar a minha vítima.
Porém, o que parecia muito perto de um final feliz, na verdade não estava. Porque a porra do cestinho de lixo estava todo trincado no fundo e eu não conseguia enchê-lo sequer pela metade.
Por mais que eu tentasse tampar as rachaduras e abrir todo o registro do chuveiro para aumentar o volume de água, nada fazia a porra do cesto de lixo encher.
Foi aí que Deus, por pura piedade daquele que nunca mereceu graça alguma, me mandou uma idéia daquelas que você só encontra em exposição do Da Vinci.
Imediatamente, larguei o cesto de lado e fui ao encontro do meu novo salvador: um simples e imundo saco plástico que estava colocado naquele cesto antes de tudo acontecer.
Então, esvaziei logo todo o saco de lixo e coloquei debaixo do chuveiro para encher.
Assim que ele encheu, o carreguei cuidadosamente até a privada, despejei toda a água de uma vez só e consegui fazer aquela merda toda ir embora.
Depois desse dia, nunca mais caguei em um banheiro de motel. Mas sempre que vejo qualquer sacolinha plástica por aí, a dobro carinhosamente e guardo em qualquer cantinho.
A gente nunca sabe quando pode dar merda de novo.
3 comentários:
affe, o pior disso tudo é saber e ter quase certeza que realmente aconteceu! alma podre te amo!!!srsrsrsr
O seu saquinho do final me lembrou aqueles que levamos pra recolher o coco do dog, rs.
Saquinhos e merda fazem, afinal, todo o sentido, rs.
;o)
bjs
e ainda querem dar fim Às sacolinhas de mercado!
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