terça-feira, 30 de dezembro de 2008



Acorde
o dia pra mim,
que eu trago
o sol pra te ver.
As noites
que nunca têm fim
merecem
o nosso amanhecer.



Pardalzinho

O pardalzinho nasceu livre.
Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
a casa era uma prisão.
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou.
No jardim; a alma, essa voou.
Para o céu dos passarinhos.

Manuel Bandeira

domingo, 28 de dezembro de 2008

sim, meu pinto dói, mas isso não importa. O que importa é que deus deve abençoar a Loca. Sim, a Loca continua Top of the Top. Bebemos seis ou sete vodcas e subimos no palco muito felizes. Até os banheiros estão reformados, mas continuam com a prateleira pra cheirar cocaina. Os palcos também mudaram um pouquinho delugar mas nós ainda os encontramos e subimos.
Fora isso foi tudo perfeito, minha amiga parece ter gostado e eu pareço ter gostado também.
Aí, fomos embora, mas brilhamos muito. isso que importa. ah, esqueci de dizer. o travesti q também é hostess deu desconto pra mi e pra minha amiga. qual amiga? é segredo. não posso sair falando assim das pessoas que eu levo pra conhecer sodoma e gomorra assim. preciso manter a descrição... enfim, foda-se... foi uma noite top... eu só ando com gente top e só frequento palcos tops....fora isso, viva o DJ pomba... ele toca uma courtney love como ninguém...amo vocês....kisss

sábado, 27 de dezembro de 2008

tenho tudo. tenho a juliana, tenho meus amigos, cervejas, vodkas, maconha, risos e amor. não tenho direito a exigir mais nada. minha noite se desenvolve num fluxo perfeito, onde o amor guia e ilumina tudo ao redor.
a gente se diverte, abusa e respeita limites sem nem perceber. é tudo muito bonito. é tudo com gosto de sorvete de flocos.
e amanhã ainda será domingo e domingo é o dia da melhor festa de são paulo. espero não sobreviver a ela. quero morrer dentro dela junto com todos. esta é a minha ansiedade: morrer de amor.
venha morrer comigo. vamos experimentar a vida, seu sabor, seu desabor, sua ilusão, sua paixão. vem comigo, me liga, me abraça e me aceita. amanhã seremos felizes e eu espero que vc faça parte da minha turma.
enfim, o por-do-sol está chegando preciso ir. tenho que deitar antes do dia dizer bom-dia.
se cuide. melhor: não se cuide. foda-se tudo. arrisque tudo. ninguém perde mais do que tem pra amar.
amo tudo. amo nada. amo fingir. amo depender. amo ser o que ninguém ama, fingi, depende ou odeia. sei lá, mas amanhã acordarei diferente. é isso que espero. e não é só isso. amanhã é o dia da melhor festa de saõ paulo. não vou faltar. vou me matar. mas antes disso terei um compromisso romantico e muito prazeroso. será com uma nova amiga que pretendo conhecer muito melhor. e sei que vou a partir das 15horas....heheheh...to mentindo, mas bebados podem mentir....to mentindo o horário, não o resto. o resto é verdade. amanhã será um dia especial. e vocês não sabem de nada, pra variar. aliás, posso expressar meu lado bêbado? então, lá vai: vão se fuder todos...heheheheh.....adorooooooooooooooooooooooooo....kiss

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Chuva faz pensar

Viver, amar, crescer e evoluir é uma coisa muito fácil. Difícil é se livrar do que foi vivido para dar lugar a todas essas coisas.

Tenho pensado muito nisso ultimamente; nessa relação entre passado e futuro, e na grande responsabilidade que o passado tem em nos colocar ou tirar do futuro que sonhamos pra nós.

Hoje, vivemos mais ou menos sob um inconsciente coletivo que nos informa que todo o segredo está no presente, no dia-a-dia, na luta diária pelos projetos pessoais, etc. Mas tenho sentido que a chave para estas conquistas pode ser outra.

Tenho pensado que o presente, na verdade, é muito mais que uma oportunidade de nos colocar num futuro melhor. É sim a grande chance que temos para tentar nos livrar do nosso passado, mesmo que ele tenha sido bom. E que só depois disso é que o futuro de fato acontece e pode nos trazer coisas boas.

Sei que de certa forma estou até parodiando mal e porcamente o tal do Sigmund Freud. Só que para o Freud acho que os buracos eram ainda mais profundos e tinham sempre relação com coisas sexuais e etc. Minha pobre análise é muito menos abalizada e muito mais vivida.

Sinto que todos os meus passos no presente nunca têm muita relação com o meu futuro e sim como meu passado. É o meu passado que tem sempre ditado as minhas ações, reações e o jeito como tento encarar o próprio futuro.

Se pudesse zerar tudo de alguma maneira e realmente agir no presente sem saber do meu passado, meus atos seriam diferentes. Talvez mais corajosos, talvez mais medrosos, mas seriam diferentes.

Acho que este será meu grande desafio em 2009 e talvez também possa ser o seu: se comportar apenas como alguém que deve fazer as coisas que deseja sem ter parâmetros ou lembranças de que será ou não capaz de realizá-las.

Se vamos conquistar nossos objetivos não importa. O que importa é não parar de se transformar a cada dia numa pessoa diferente e livre.

Nosso passado é o que fomos, mas não sei até que ponto contribui para o que seremos. Claro que no fundo somos uma coleção de experiências de vida, mas a maioria delas nos paralisa, porque mesmo as boas lembranças sempre carregam de alguma maneira uma frustração ou uma nostalgia enorme.

É por isso que tenho pensado ultimamente que o grande vilão do futuro é de fato o nosso passado. Nossas cagadas no presente não passam de repetições erradas e carregadas de cargas emocionais que não nos permitem ir muito longe ou obter resultados muito diferentes do que estamos acostumados a conquistar.

Enfim, não sei se falei um monte de merda, mas acho que quem realmente se liberta evolui. O negócio é bancar a aposta e esquecer da rodada passada, porque quem ganha é sempre quem vive e não quem guarda.



quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Queen

Sim, ainda há alguém nesse mundo que eu amo. O nome dela é Juliana.
Ju, te amo mais que cheese burger. Amo você mais que hot dog com salsicha da sadia. Amo você mais que meu all star rosa. Amo você mais que todas suas roupas pretas. Amo você mais que todas as minhas herings. Amo você mais que vodka. Amo você mais que psicina limpa. Amo você mais que ceia de natal. Amo você mais que você, mais que eu, mais que programa fome zero. Ju, te amo. E se faltou algum passo pra gente, foi culpa do DJ, porque nós somos e seremos eternamente acima da média. Amo. Amo e amo e o universo é testemunha de tudo. Kiss.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Como diria Simone, uma das maiores intérpretes da música popular brasileira: "Então, é Natal."

Bom, desejo que você aproveite bastante o seu natal.
Coma, beba, transe, chupe, morda, abrace e ame.
Afinal de contas, suas chances de morrer por estar dirigindo bêbado de madrugada serão enormes.
kiss.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sim, estou na pica do saci. Tô cansado, tô vencido, quero tomar banho, quero cagar e quero dormir uma semana inteira com a foto da Scarlet Johansson do meu lado, como se fosse um band-aid pra minha alma. É isso. Chega de trabalhar. Só quero viver. Volto quando voltar. kiss

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tive uma noite perfeita. Bebi na empresa, bebi com o chefe, bebi com a chefa, bebi bebi bebi e fui pra gandaia.

Na gandaia, ajudei a animar a festa, ajudei a aniversariante se sentir mais livre e realizada e ajudei um menino com síndrome de down a se sentir igual a todo mundo. E ele era mesmo.

Meu defeito for ter errado no presente da Fabiana. Mas não errei por querer, errei porque a Internet me prometeu um produto da Prada, mas acho que a Prada que veio foi made in Taiwan....cruel....

Fora isso enchi a cara com todo mundo e depois fui pra aquela festa.

Lá, dançamos pra caralho , rebolamos, ensinamos, fizemos escola e fiz até amizade com o bar man. O barman era lindo segundo as meninas, mas vodka de graça ele só deu pra mim....heheheheh

Fora isso chorei uma hora por causa do menino com síndrome de down. Sei que não se deve ter dó, mas me senti tão filho da puta reclamando da vida perto dele, que umas lágrimas caíram mesmo. Depois ou antes disso deve ter acontecido algumas coisas, mas não lembro muito bem. Só sei que a minha noite terminou muito bem. ganhei um beijinho de despedida da Ana. Sinal que somos acima do que esta por baixo. Enfim, foda-se. Vcs nem sabem de nada e nem do que se trata ou do que se tratou.....vão dormir ...vcs são mais sujos que cu de urubu...hahahah.... adoro xingar inocentes.... perdoem-me ...to bêbado....bebados xingam. kisssss

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sim, é assim: dias sim, dias não, vou sobrevivendo sem nenhum arranhão da caridade de quem me detestaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Mas a minha piscina só está cheia de amor e de amigos. E as minhas idéias ainda correspondem aos fatos que me interessam e me fazem feliz, porque o tempo não pára, mas é meu amigo. Sim, o tempo é meu amigo. Mesmo que seja tudo uma grande ilusão. Mesmo que todos vocês sejam grandes mentirosos. Não importa. Vou sobrevivendo sem nenhum arranhão assim mesmo.

Tenho água e tenho a Sandra. Tá suficiente pra pedir piedade pra todo mundo, pra essa gente careta e covarde. Porque eu também não tenho data pra comemorar e quase sempre meus dias são de bar em bar, procurando um amor num palheiro. Nas noites de frio eu nem me masturbo e nas noites de calor me mato de tanto prazer, pois assim me sinto mais cangaceiro.

E ainda me chamam de cuzão, de bicha e maconheiro. Acham que o meu allstar é um pretexto pra que eu assuma que sou uma flor por inteirooooooooooooo.

Foda-se tudo, inclusive os ratos, o whisky é mais fiel que Deus. O whisky é mais fiel que o Fidel. O whisky é mais fiel que firma reconhecida em papel. Welll welll well, eu tb sou fiel.

ps... um beijo pra Ana. Amo ela. Nada de amor doentio ou possessivo ou qualquer merda. É uma amizade boa. Positiva, pois ela é do bem, abriu sua casa pra gente e fomos todos felizes com a sua hospitalidade. Brigado Aninha. Um dia te devolvo esse prazer todo em dobro. Ui. kiss

Quanto a vocês, urubus virtuais que mesmo assim amo, leiam, riam, chorem, divulguem e sumam. Não confio em vocês. Só confio no meu fígado e por no máximo mais 15 anos. kiss

ps2. todo amor que houver nessa vida pra vocês....vou deitar, mas o amor as vezes me tira o sono...e todo esse amor sempre vem de vocês. grato.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nenhum dia treze é dia doze

Passei o dia todo em dúvida, pensando se escrevia ou não sobre meu aniversário. Primeiro porque a maioria estava lá, segundo porque tem muita gente vindo aqui e descobrindo coisas levemente comprometedoras.

Mas, como a minha função na terra talvez seja essa mesmo de difundir o amor seja como for, vou escrever sim e foda-se.

Vamos lá. Tudo começou mais ou menos as sete e meia com a Liliane me presenteando com uma garrafa de Absolut. Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, é por isso que nos amamos.

Depois da garrafa e de um golinho introdutório, fomos buscar o Gigante, meu eterno presentão de 1,98 m de altura. Ficamos lá por algum tempinho, o nosso brother Doug chegou, tomamos mais golinhos da tal Absolut e partimos pro bar ao lado da Trash, a nossa eterna boate.

Chegando lá, já estava quase todo mundo lá. O primeiro abraço quem ganhou foi a Juliana, minha amiga de sangue, quedas, mordidas e adjacências. Detalhe, ela tinha acabado de chegar da Austrália e me mandado um torpedo naquela tarde com a seguinte mensagem: atravessei o pacífico por sua causa. Bom, depois disso a única coisa que a gente tem vontade de fazer com uma pessoa dessas é devorar inteira.

Porém, além da Ju, tinha outras almas brilhando lá também e esperando pra me dar umas mordidinhas. Tinha a Sandra, a minha amiga de alma, xixi e coração. Tinha a minha amiga Bianca, a moça que eu já pintei de carvão. Tinha a minha amiga Eli, minha sagitariana que, cada vez mais, me ensina que mudar é preciso e faz bem. Tinha as amigas da Sandra, Ana e Alessandra, que agora são minhas amigas também. Aliás, já eram desde que gostaram do que escrevo por aqui. Bom, aí chegou o Guto, nosso amigo coringa que sempre aparece quando a gente acha que ele não aparecerá. Tinha o marido da Bianca e tinha tb a nova namorada do Gigante, linda e discreta, como eu.

Bom, depois dessa paisagem dada, o que sobrava na mesa eram copos pedindo mais vodka, amigos achando graça de tudo e o dono do bar não achando graça nenhuma dos nossos gritos e da nossa bagunça.

Meu bolo de aniversário foi um misto quente com um cigarro enfiado no meio. E eu ainda fiquei fazendo o papel de idiota assoprando o cigarro depois do Parabéns. Ok, faz parte do show.

Bom, depois daquele esquenta mágico fomos definitivamente pra Trash. Ainda tinham umas pessoas que viriam pra fortalecer o esquadrão, mas já estava na hora do combate começar.

Lá dentro a única coisa que se pede no balcão é uma tal de Promoção. Promoção, pra quem não sabe, são duas doses de vodka servidas obrigatoriamente em dois copos, mas pelo preço de três. E, acredite, mesmo assim a gente acha um ótimo negócio.

Aí, se fizermos uma conta rápida, quando uma galera de dez pessoas chega inocentemente e rapidamente na terceira rodada, isso já dá um total de 60 vodkas. Gostou ou quer mais? Nós, sempre queremos mais, é uma merda, haja bolso.

Foi então que outras figuras ilustres foram chegando. A primeira que lembro foi a Gabi e suas duas amigas gostosas e malucas. Depois chegou o bonde do Tobio contendo a sua namorada e a nossa amiga Drica. E ainda estavam por vir a Alice, minha eterna Sandra Rosa Madalena, o Gabriel, que disse que viria e não veio, e a Neide, amiga da Sandra com quem estou me dando muito bem.

Bom, enquanto essa segunda leva não chegava, fui aproveitar que a pista estava vazia e fiquei dançando umas músicas lentas com a Alessandra, aquela amiga da Sandra. E olha que foi um dos pontos altos da minha noite. A Alessandra tem um papo ótimo e se mostrou também ter uma paciência muito grande, porque não deve ser muito gostoso me agüentar bêbado. E ela agüentou e dançou. Palmas pra ela.

Bom, até agora deu pra notar que a descrição está até certo ponto repleta de detalhes. Pois é, daqui pré frente a tendência é piorar bastante. Tanto que já nem sei o que veio depois daquela tal dança com a Alessandra.

Não sei, mas só lembro de, de repente, ver a boate cheia, lembro que tentei me pendurar no palco e fui repreendido por um segurança e depois já não lembro muita coisa.

Lembro, claro, da Alice chegando e passando por mim. Depois foi a Neide que chegou e a recepcionei com um abraço, no mínimo, caloroso. A partir disso, as coisas esquentaram um pouco mais. A pista já estava bombando e o dark room me chamando. Aliás, o dark room da Trash não tem nada de Dark room, mas rola coisa pior e nem tem parede ou coisa parecida pra proteger os envolvidos. É simplesmente um canto cercado por uma cortina de pano. Ou seja, é um tesão.

Bom, aí fui pra lá. Fiquei trocando uns carinhos com uma amiga por algum tempo que eu não sei qual e saímos de lá apenas por dois motivos: um era que ela não considerou uma boa hora para fazer amor. O outro foi que tinha um casal de seres humanos, foi o que consegui ver, transando a menos de um metro da gente. Não, não estou exagerando. A bunda do cara era branquinha e estava iluminando o meu rosto de tão próxima.

Enfim, saímos do dark room e fomos lá pra baixo tentar aproveitar mais a noitada. Porém, o meu pinto mais uma vez se tornou personagem principal da noite. Vou explicar: não sei se todos sabem, mas quando um pinto fica muito feliz por muito tempo e depois não deixam ele chorar um pouquinho, isso causa uma dor desgraçada no canal da urina. Expliquei bonitinho? Espero que sim.

Então, foi isso que entenderam. Depois de sair do dark room, me deu uma dor no pau sem precedentes. Eu não estava nem conseguindo me mexer direito. Aí, me lembro vagamente que minha amiga de dark room foi ao banheiro e a minha outra amiga Juliana chegou.

Contei pra ela o que estava acontecendo e ela, sem pestanejar, lançou: vai pro banheiro e bate uma pra aliviar.

Bom, naquela altura e com as minhas dores, aquilo tinha sido e foi uma idéia genial. E eu, claro, aproveitei.

Corri pro banheiro e fui me masturbar. Nem lembro quanto tempo levei pra gozar. O que lembro é que o segurança ficava batendo na porta pra eu sair e perguntando o que eu estava fazendo. Só lembro que eu respondia algo assim: péraí, juro que não tô usando droga, já vou sair jajá. Que piada.

Bom, aí sei que desci de novo pra pista, olhei pra tudo aquilo ao meu redor, notei que tinha perdido meu celular, minha blusa, meu dinheiro e decidi sair da balada e ir embora. Simples assim. Sem avisar ninguém ou coisa parecida.

Já na rua, tive até que um plano bom. Decidi ir andando até o Bar do Estadão, que funciona 24 horas, pra comer um lanche de pernil e pedir para o caixa passar um valor a mais no meu cartão para que eu descolasse uma grana pra ir embora.

E assim foi: fui pra lá, comi, bebi e sai andando pela rua. Meu melhor destino seria ter ido pro metrô Anhangabaú, mas ainda era meio cedo e lá é mega power perigoso. Então, decidi pelo mais fácil e prazeroso. Subi a rua Augusta todinha pra chegar no metrô consolação. Claro que no meio do caminho parei num bar de cocainômanos, como diz o Gigante, e tomei uma skol horrível. Mas só o fato de estar na Rua Augusta sozinho, livre, leve e solto já era uma felicidade tremenda.

A essa hora, a minha noite e eu já nos encontravávamos no fim. Mas eu, pra variar, ainda estava querendo o que sempre quero quando estou com os meus amigos: mais, mais e mais.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A enxada e a caneta

Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo a plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão

Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não esqueça à distância da nossa separação

Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos as leis da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição

A enxada respondeu: que bateu vivo no chão,
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de adão
Se não fosse o meu sustento não tinha instrução

Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, mas tem uma coisa que não
É a palavra mais bonita que se chama educação.


Capitão Barduino/Teddy Vieira



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

depois de ter comprado um allstar cor-de-rosa e deixado em são paulo, onde achava que era minha casa e um lugar seguro, acabo de ficar sabendo que meus pais estão por lá fazendo de tudo pra trocá-lo em qualquer loja de sapatos por outro allstar de qualquer outra cor....Ou seja, mesmo tão perto de fazer trinta anos, continuo sendo tratado como o mesmo bosta que sempre fui. Meu ano acabou.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Braço roxo, joelho roxo, dedo roxo, canela roxa e pé roxo quase sempre acontece depois de uma noitada. Mas pinto roxo foi a primeira vez. Que será que aconteceu?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sagiotário



Meus amores são como grama:

nascem, crescem e são cortados


E mesmo quando as coisas brotam rápido

elas também secam muito cedo


Não adianta, não sei me relacionar

Me encanto, sinto falta, mas não consigo avançar


Talvez sejam meus vícios

Talvez seja medo de que alguém me proíba de voar

Não sei


E justamente por não saber, meus dias são

uma eterna procura por algo que não quero encontrar


Sim, este sou eu:

Carlos Renato Saudade

Um nome composto de amor,

mas prisioneiro da própria liberdade.




quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Puro brilho


Hoje é aniversário da minha brother Eli. Dia 5 será aniversário da minha brother Aline. Dia 6 será aniversário da minha brother Carol. Dia 12 será aniversário do meu brother Silvio Santos. Dia 13 será meu aniversário. Dia 16 será aniversário da minha brother Elza. Dia 20 será aniversário da minha brother Nathália. Dia 25 será aniversário da minha brother Andréa. E dia 31 será aniversário de 2008. Cacete, como é que alguém consegue parar de beber ou cumprir alguma promessa numa época dessas? Desisto. Que venham as festas. Vou brilhar em todas. Foda-se.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Olha, eu gostaria muito de ter escrito alguma coisa hoje no blog, mas agora é tarde.

Um filho da puta ficou se masturbando lá no banheiro desde as dez da noite e acabei ficando preso aqui só na expectativa dele sair a cada 5 minutos pra eu poder tomar banho.

Agora também é minha vez. Vou bater punheta até amanhã de manhã. E, detalhe, só vou gozar no final...hehehehe... vida bandida... deve ter tanto esperma dentro daquele box que se eu nao entrar lá de chinelo, corro o risco de engravidar...que foda

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Dicas para o fim de semana



Bar: qualquer um que tenha torresmo.

Filme (DVD): Transsiberian

Blog: www.espinafracao.blogspot.com

Site: www.bemlegaus.com

Música: Straitjacket – Alanis Morissette

Homem: Eu, claro.



terça-feira, 25 de novembro de 2008

...



Eu te amo é uma frase

que precisa respirar


Eu te amo é o amor

aprendendo a falar


Eu te amo é um tiro

que tem que matar


Eu te amo é exercício

Eu te amo é amar.





O mundo é podre, mas eu sou apenas fresco

Não sei por que, mas sempre que pego uma cestinha no supermercado e saio andando pelos corredores me sinto como se fosse a chapeuzinho vermelho fazendo compras.

Sim, é péssimo. Me sinto (Sinto-me porra nenhuma. É “me sinto” mesmo) tão mal que às vezes presto até atenção pra ver se não estou rebolando ou coisa parecida, o que seria o meu fim.

Pra recuperar minha honra, sempre uso do mesmo artifício: fico alguns minutos a mais conferindo as promoções nos destilados, pego umas latas de cerveja na geladeira e pronto. Mas, fora isso, até que minhas compras geralmente são bem gays mesmo.

Por exemplo: molho de tomate só compro peneirado. Bife só sem gordura. Mortadela? Nunca. Só peito de peru. Claro que gosto de mortadela, mas minhas gastrites não comportam mais esses atrevimentos. Yakult? Só se for da Yakult mesmo. Nada de genéricos. Salsicha também: só Sadia.

No setor de padaria, só compro pão e de vez em quando. Padarias de supermercado sempre são administradas por funcionários assalariados que não tem compromisso com nada e nem sabem nem ler um livro de receitas. Sem chance.

Na parte de higiene pessoal já sou menos chato. Talvez porque eu seja um porco. Talvez porque eu já tenha aprendido que é quase tudo igual e feito do mesmo sebo de vaca. Enfim, sabonete e shampoo eu pego o que me pegar primeiro. Não ligo.

No setor dos frios já volto a sofrer um pouquinho. Os coitados dos contratados não são capazes nem de embrulhar os frios direito. Dobram de qualquer jeito. Entortam tudo. É foda. Parece que nunca embrulharam um presente na vida.

Por fim, sempre passo no corredor das massas. Pra comprar macarrão? Claro que não. Miojo mesmo. Mas não qualquer um. Só compro da marca Vigor, sabor galinha caipira. Sem esse, nada feito. Às vezes até pego um espaguete também. Afinal, além de chato, também sou bom cozinheiro e um dia você vai provar meu alho e óleo.

Já no caixa é sempre a mesma maldita pergunta: nota fiscal paulista? Não, caralho. Não quero arrecadar e nem contribuir com porra nenhuma. É o que eu deveria dizer, mas só penso.

Enfim, é isso. Acho que as únicas coisas nessa vida que não tenho mesmo muita frescura na hora de comprar são bebidas e mulheres. Bebidas porque bebo quase sempre. Mulheres porque não como quase nunca. Fora isso, muitos hábitos meus dentro e fora de um supermercado são bem viados mesmo. É como dizem por aí: eu não sou gay, mas sou mais viado que muito homem.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bom, fui numa festa profissional. Festa assim significa festa onde as pessoas da sua profisssão vão. Mas ok. Me comporei bem. Até sequei um litrinho de vodca , mas não dei vexame. Fiquei ouvindo o povo e bebendo e aprendendo e curtindo e tudo mais. Graças a minha brother Bibizinha até consegui esticar a minha baladinha a um bar ode estava tocando as músicas da minha vida. Sim, estava tocando red hot cover e a decadência dessa terra é tamanha que acharam o meu inglês muito bom e acabei virando o segndo vocalista da banda. Caralho, foi animal. Me senti um rock star. Aliás, eu nasci pra ser rocks star. Deus é que está muito pau no cu e não quer me assumir como tal. Aí cantei pra caralho e cumprimentei todos e fui embora. Depois fui no supermercado 24 horas e comprei coisas que me hidratassem. Comprei suco de laranja, água de coco, e lanches leves. E é isso. Eu podia ter aprontado mais, mas ontem já vomitei demais, tá bom. O que importa é que parece que tudo está bem de novo. Minha amiga aninha já está bem, eu já estou bem, a bibizinha já esta bem e quem não está bem é porque ainda não aprendeu sobre os prazeres do álcool. Enfim, amo tudo, a madrugada é minha amiga, nasci pra ser rock star e tudo acontece pra que eu reconheça o meu destino. Devo casar com outra carol só pra fazer birra com aquela, e ao mesmo tempo quero i no anversario daquela, porque é dela que eu gosto. E assim ´tudo. A eli já comprou um presente pra mim e os outros presentes pr mim eu que vou comprar. Vou comprar tudo em drogas. E depois doar r pra todo mundo. Quero ver todo mundo doido e dizendo que me ama. Sou carente, sou bêbado, sou o carlos, muito prazer e foda-se; kiss

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Homens bons não dizem a verdade



Parece até que foi ontem. Dez anos atrás eu era um moleque que bebia muito menos, mas que arriscava muito mais.

Lembro que bem naquela época de vestibular, enquanto todo mundo decidia suas futuras carreiras de sucesso entre ser doutor, administrador e etc, eu apenas queria saber de cursar filosofia, sem nem saber o que aquilo significava direito.

E, por incrível que pareça, contra a vontade dos meus pais e de todo o planeta, eu tentei mesmo passar no vestibular pra filosofia, mas fui reprovado, claro.

Nem tinha como ser diferente. Há dez anos atrás eu mal sabia escrever uma frase que fizesse algum sentido. Mesmo assim, alguma coisa dentro de mim me puxava pra aquele negócio de filosofia, como se fosse uma cruz que eu tivesse que carregar, sei lá.

O fato é que depois de ter sido reprovado, minha segunda opção no vestibular, claro, foi comunicação.

Comunicação é e sempre será o curso dos vagabundos. E como eu sempre tive um grande potencial pra coisa, não poderia ter feito uma escolha diferente.

De certa forma, eu até acreditei por um certo tempo que tinha mesmo talento pra trabalhar com televisão. Talvez por ter passado uns dezoito anos de vida deitado numa cama assistindo o Chaves, mas tudo bem. Era uma experiência inegável.

O curioso é que mesmo a minha vida tendo tomado rumos completamente inusitados a caminho da tal comunicação, a filosofia nunca perdeu espaço nos meus pensamentos. Muito pelo contrário. Na época da faculdade, além de um milhão de aulas inúteis que eu tinha, algumas delas às vezes me traziam filósofos que eu nem sabia que tinham existido.

O mais marcante, como em todo mundo que é meio doido, foi o meu encontro com o tal do Nietzsche.

Nietzstche era a resposta mal criada que eu sempre quis ter dado pro mundo inteiro. Ele criticava tudo. Falava mal de deus, do sistema, das pessoas, dos amigos, dele, de tudo. E eu adorava aquilo. Meter o pau no mundo era como um bálsamo pra minha alma. Não cicratizava minhas angústias, mas aliviava bastante.

Aí, o tempo foi passando, meus empregos foram mudando de área, meus desempregos se multiplicando, e a única coisa que nunca me abandonava era a vontade de questionar as coisas, de filosofar. Por mais fácil que fosse a minha vida, e ela sempre foi, nunca deixei de criticar, de questionar, de querer a resposta certa.

E tudo isso e todos estes anos só me levaram a crer que as escolhas que você faz na juventude têm, de certa forma, o poder de mudar o seu destino, mas não tem de jeito nenhum o poder de mudar você. Inclusive, aproveitando-se um pouco do que dizia o tal do Nietzsche: um dia todo mundo se torna o que é, querendo ou não.

E comigo não foi diferente. Tive uma educação rígida pra cacete, mas me tornei o cara que mais gosta de farra desse planeta. Meus pais nunca me deram um livro de presente, mas eu não me imagino sem uns livros no pé da cama. A coisa mais chata do mundo pra mim sempre foi escrever. Hoje, é não escrever. Enfim, querendo ou não, com sucesso ou não, com grana ou não, aos poucos o rio nos leva pro seu curso natural.

Claro que a grande realização pessoal só deve mesmo acontecer quando todo mundo, inclusive você, descobre que já pode sobreviver do que sempre pretendeu ser nesta vida. No meu caso, alguma coisa parecida com um filósofo putanheiro, que se alimenta da dor e do amor sem o menor pudor.

Porém, enquanto isso não acontece, não há também muito com o que se preocupar. Afinal, se o cara ali de cima não estiver errado, um dia, todo mundo vai ter a chance de se tornar o que é, mesmo já sendo o que sempre foi.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Todas vocês são putas.
Todos nós somos putos.
A única coisa que nos diferencia é o ponto onde trabalhamos.
Mais nada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Feelings, nothing more than feelings


A vida é curiosa. Sempre fui daqueles que carregavam de três a quatro paixões no bolso ao mesmo tempo. Sofria pra caralho, me achava a pessoa mais injustiçada do mundo e etc.

Hoje, mesmo sendo mil vezes mais carente, dez vezes mais interessante e duas vezes mais maduro, não carrego mais nenhuma paixão no bolso. Nenhuma mesmo, ninguém.

O estranho é que agora que sinto gostar muito mais de mim, percebo não gostar mais nada de ninguém. Como se eu me completasse tanto que não arranjasse mais espaço pra uma companhia.

Tudo isso tem me levado a crer que aquele papo de que a gente primeiro tem que se amar pra depois amar os outros é tudo papo furado.

Analisando friamente, sinto que quem se ama hoje em dia não vai mais atrás de gostar ou sofrer por ninguém. Muito menos de ficar se matando pra manter relacionamento falido e sem futuro.

Acho que, de alguma maneira, antigamente as pessoas dependiam mais das outras. A pressão para ser uma pessoa feliz e completa podia não ser tão grande, mas todo mundo sonhava mais em construir uma família idêntica a daqueles comerciais de margarina.

Com tudo isso, agora, o que sinto é até um pouco de pena de mim mesmo, principalmente por não estar mais conseguindo traduzir estes sentimentos, estas mudanças, essas coisas. Por um lado, ainda me sinto super carente de ter um sorriso só pra mim, pra dar risada das minhas palhaçadas. Por outro, quero apenas continuar rodeado de amigos e de rodadas de vodka.

Sinceramente, não sei de mais nada. O que sei é que ter alguém pra dormir de mãos dadas comigo de segunda a sexta seria muito legal. E se ela também fizesse o favor de desaparecer aos sábados seria mais sensacional ainda. Claro que aos olhos de quem está de fora do problema e por fora do que se passa no meu coração, julgar é muito fácil.

Olhando assim, pareço ser só mais um dos milhares de homens machistas que só querem usar as mulheres e depois dispensá-las. Mas não, não sou um deles. Inclusive se a mesma pessoa que quiser dormir comigo de segunda a sexta também quiser ir se matar junto comigo pelas noitadas de sábado, eu aceito. Só não aceito mesmo é andar de mãos dadas. De mãos dadas, já devo ter andado por uns dez anos com a minha mãe e acho que já deu. Foi um tempo suficientemente grande pra perceber que este gesto só deixa um dos dois lados satisfeito. E este lado, infelizmente, nunca foi o meu.



terça-feira, 11 de novembro de 2008

O power trio

O Bin Laden teria ficado orgulhoso. Mijamos até no jardim do world trade center.
Pena que mais que isso eu não posso contar. Não que seja impublicável, mas é intransferível.
Quem viveu viveu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eu quero a minha mãe, e meus amigos

Hoje foi um dia foda, do início ao fim. Comecei às seis da manhã atravessando uma ponte de um quilometro sobre o rio Tietê, uma paisagem incrível, a coisa mais linda. Depois, terminei o dia ouvindo do policial se eu fumava ou jogava baralho, pois teria que ser preso e dormir na cadeia. Enfim, a história é longa, mas já está tudo bem. Só estou meio triste por não ter sido preso, ia ser uma puta experiencia legal, mas fica pra próxima. Vou dormir, hoje o dia foi vivido demais. Aliás, como todos deveriam ser. Boa noite. kiss

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Chupa que é de uva


Ok, eu sei, este blog está cada vez pior. O nível está baixo, está repetitivo, está triste, está mal educado, tá tudo ruim.

Só o que está salvando é a audiência. Sim, por incrível que pareça, este blog nunca foi tão visitado. Tem dias que recebe 150 visitas. É visita pra caralho considerando que tenho ao todo uns seis amigos.

Mesmo assim, me sinto envergonhado, principalmente porque sei exatamente como é fácil ter um blog interessante. Para ter um blog interessante basta dizer a verdade.

Antigamente, eu sentava em frente ao computador e dizia a verdade. Era fácil, rápido, criativo e quase sempre surpreendia.

Hoje não. Hoje tenho que medir cada palavra que coloco aqui. Infelizmente já não posso colocar aqui 100% do que sinto ou vivo. Traria muito problema pra mim, e já tô ficando velho pra lutar contra o mundo. Ultimamente, tenho preferido passar a vez e deixar pra qualquer outro doido que queira entrar nesse ringue.

Aliás, hoje ia contar sobre a minha primeira experiência homossexual, mas não posso. Já pensou o problema que isso não ia me causar? Pô, eu não posso mais vir aqui e ficar contando que na rua que eu morava, quando era moleque, tinha um menino de fala meio mole que chupava o pau da turma toda, em fila indiana. Não dá mesmo.

Se conto um negócio desses aqui cai o mundo. Já pensou se as pessoas do meu trabalho lêem um negócio desses? Tô fudido.

É por isso que cada vez mais esse blog tem ficado morno, em banho maria. É uma pena, também lamento e tal, mas fazer o quê?

De vez em quando ainda coloco alguma coisinha mais quente, mas nem dá pra arrepiar os pentelhos anais. Aqui já tá parecendo o blog da minha avó.

Só está faltando mesmo eu abrir uma seção de culinária e pedir pra mandarem receitas pra cá.

A gente poderia até começar com a tradicional receita do bolo de maconha, com cobertura de cola e granulados de haxixe. No mínimo seria mais divertido.




segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Interior

Um casal de namorados, uma tarde de domingo e um fast food qualquer. Uma experiência que ambos nunca tinham experimentado.
Ninguém sabia, mas era o fim. Nem o Mclanche feliz na mesa conseguiu contornar a situação.
Foi uma conversa difícil, entre duas pessoas que não tinham a menor idéia sobre o que era mexer com sentimentos. Sobre o quanto poderia doer dizer certas verdades um para o outro.
E foi assim que aconteceu. Com vozes embargadas, dúvidas e ressentimentos, as coisas iam sendo ditas e ferradas no peito de cada um. Algumas delas sabidas, outras que só as brigas revelam.
Quem assistia tudo, não entendia nada. No lugar onde todas as crianças estão felizes, havia dois jovens tristes, desiludidos. Dois jovens que descobriram que tinham apostado suas fichas num amor desencontrado.
Depois da lanchonete, a despedida. Não podia ser tão ruim, mas foi. Andar alguns passos junto com uma pessoa querida e em silêncio, transformava insuportável a situação. Estava doendo nos dois. Estava mesmo chegando o fim.
E foi naquela esquina atrás da banca de jornal que o último abraço aconteceu. O abraço mais sentido que já tinham dado. Daqueles que ambos não queriam desfazer pra não demonstrar a emoção, a dor, as lágrimas.
Foram os segundos mais longos de suas vidas. Segundos em que o filme daquele namoro passava em suas cabeças e demonstrava que desta vez não haveria final feliz.
Com poucas palavras, juraram que não deixariam de ser amigos, de se falar, de se respeitar. Depois disso, se encontraram em um último olhar, um último abraço e partiram.
Ela em direção a seu carro, atravessando a rua apressadamente antes daquele
choro mais sentido desabar. Mas ele, ele continua lá até hoje.

sábado, 1 de novembro de 2008

meu poder é deixar vc poder...quem se sente livre ama o mundo, e eu faço parte do mundo... é isso... tá ótimo... incentive as pessoas se permitirem e elas amarão vc... foi assim que aprendi com um índio...shumarú , um cara bom... nossa, tudo por uma balzaquiana agora... adoro carne nova, mas carne dura fica mais tempo na boca, e meus dentes são ótimos... chega de bebida, quero só comida agora... quem quer ser a primmeira?/

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Chupem meu cu, cadelas. Dêem seus cus, bichanos.

Eu, que não tenho nada a ver com isso, não agüento mais. Literalmente não agüento mais ouvir os homens miando no telefone quando conversam com suas namoradas.

É incrível. Toda masculinidade, malandragem e canastrice presentes nos homens, desaparecem completamente quando a namorada liga. E, o pior, eles se transformam numa espécie de gatinho medroso. O tom de voz abaixa, a fala fica meiga, subserviente, submissa, nojenta.

É o fim da raça, é o fim do amor próprio, é o fim. E as mulheres não só dominaram como também fazem questão de humilhar, porque além do vexame de ter que ficar miando publicamente na frente dos amigos ou no ambiente de trabalho, as mulheres de hoje ainda exigem declarações de amor em voz alta. Se não disser um “eu te amo” no fim da ligação em voz alta é briga na certa. Se bem que mulher que pensa assim não é mulher, é planta. Mulheres e homens de verdade não são assim, mas parece que estão em extinção.

O que sobrou foi um arquétipo de mulher que, por ter aprendido a ganhar dinheiro, pensa que manda no mundo. Do outro lado, homens que se dão por satisfeitos apenas por ter uma vagina chata, estúpida e acéfala para enfiar o pinto no sábado à noite depois de levar num restaurante chato.

Sinceramente não entendo mais nada. Será que foi por isso que meu único namoro durou seis meses? Será que eu devia ter miado no telefone? Devia ter aprendido a gostar de comida japonesa? Devia ter levado ela mais na locadora e menos no bar? Sei não.

O que sei é que só não tenho mais raiva do que acontece hoje em dia, porque tenho dó. O estado de idiotice a que chegaram os homens é tão grande que só consigo ter pena. Nunca pensei que uma buceta pudesse valer tanto. E, honestamente, não vale mesmo. Talvez esses homens sofram de alguma síndrome do abandono ou sei lá o que. Normal não é. Não pode ser.

Quanto as mulheres, digo, essas mulheres, elas também não são e nem estão normais. Geralmente são umas neuróticas que, por reconhecerem o tamanho de sua insuportabilidade, também morrem de medo de perder a pessoa amada. A diferença é que elas invertem o jogo e passam a exercer um papel de dominação, onde a constante humilhação do parceiro garante a ela uma certa estabilidade, pois com a auto-estima e a honra abalada um homem não tem forças para reagir. Resultado: miau miau miau, amor amor amor, me desculpa, me desculpa me desculpa.

É por isso que quando falam em fim do mundo e apocalipse a gente nunca deve duvidar. O amor já mudou pra Marte há muito tempo. O respeito só existe na cadeia entre presos e traficantes, e as relações de amizade, cumplicidade e companheirismo ainda existem em alguns livros, mas não por muito tempo. Por muito tempo mesmo, curiosamente, parece que apenas uma coisa sobrevive nesta terra recém-conquistada pelas mulheres: pobres homens gatos.



quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh,

eu quero me apaixonaarrrrrrrrrrrrrr...

Quero sentir, comer, sangrar, largar,

compreender, olhar, errar, bater bater bater,

apanhar apanhar apanhar e machucar...

Mas pra doer, pra registrar, pra virar conto,

história, memória...

Quero falar, calar, escrever,

iludir, fantasiar, sofrer, viver,

ser, pertencer e morrer...

Quero repetir, me arrepender, me despedir,

me envolver, amar amar amar, beber beber beber,

e depois vomitar tudo no amanhecer...

Dá pra ser?


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pra ser sincero

Nunca faço isso, vou fazer. Estou no trabalho, sem trabalhar. Acabei de almoçar, escovei o dente, li o jornal, reorganizei minha mesa de novo e tô aqui, só martelando o teclado impunemente.

Tenho alguns trabalhos pra fazer, mas tudo coisa simples. Aliás, tudo é muito simples sempre, mesmo quando não sei fazer.

Hoje, já criei uns nomes para uma nova linha de hambúrgueres, escrevi uns textos “trash for cash” e agora estou aqui fazendo a digestão enquanto não encaro a minha tarefa vespertina.

Fora isso, lá fora faz um calor desumano. Aqui, tem ar-condicionado, mas eu preferiria umas moças nuas me abanando e trazendo uns drinks. Nossa, seria maravilhoso poder trabalhar o dia todo com uma mão no mouse e a outra apalpando um peitinho. Aliás, até tem um peitinho aqui do meu lado, mas é mulher casada, de respeito e minha amiga. Tão amiga que hoje cedo dei até um cd pra ela dar de presente pra filhinha dela. Enfim, é um peito proibido por Deus.

Já do meu outro lado, não tem um peitinho, mas tem um cara que desenha pra caramba. Nunca pedi pra ele desenhar um peito pra mim, mas um dia criamos umas coisas que precisavam da imagem de uma loira. Aí, claro, fomos desenhando o peito da nossa loira a quatro mãos. Homem é tudo igual, não tem jeito.

Bom, acho que é isso. Poderia passar a tarde toda aqui contando essas coisas, mas você não suportaria. Trabalhar com propaganda só é legal quando recusam as coisas que você faz, aí sim você se sente fazendo alguma coisa boa. Quando aprovam, dá até um pouco de paz, mas significa que você fez o que todo mundo faria. E o que todo mundo faz diariamente é coco.