Passei o dia todo em dúvida, pensando se escrevia ou não sobre meu aniversário. Primeiro porque a maioria estava lá, segundo porque tem muita gente vindo aqui e descobrindo coisas levemente comprometedoras.
Mas, como a minha função na terra talvez seja essa mesmo de difundir o amor seja como for, vou escrever sim e foda-se.
Vamos lá. Tudo começou mais ou menos as sete e meia com a Liliane me presenteando com uma garrafa de Absolut. Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, é por isso que nos amamos.
Depois da garrafa e de um golinho introdutório, fomos buscar o Gigante, meu eterno presentão de 1,98 m de altura. Ficamos lá por algum tempinho, o nosso brother Doug chegou, tomamos mais golinhos da tal Absolut e partimos pro bar ao lado da Trash, a nossa eterna boate.
Chegando lá, já estava quase todo mundo lá. O primeiro abraço quem ganhou foi a Juliana, minha amiga de sangue, quedas, mordidas e adjacências. Detalhe, ela tinha acabado de chegar da Austrália e me mandado um torpedo naquela tarde com a seguinte mensagem: atravessei o pacífico por sua causa. Bom, depois disso a única coisa que a gente tem vontade de fazer com uma pessoa dessas é devorar inteira.
Porém, além da Ju, tinha outras almas brilhando lá também e esperando pra me dar umas mordidinhas. Tinha a Sandra, a minha amiga de alma, xixi e coração. Tinha a minha amiga Bianca, a moça que eu já pintei de carvão. Tinha a minha amiga Eli, minha sagitariana que, cada vez mais, me ensina que mudar é preciso e faz bem. Tinha as amigas da Sandra, Ana e Alessandra, que agora são minhas amigas também. Aliás, já eram desde que gostaram do que escrevo por aqui. Bom, aí chegou o Guto, nosso amigo coringa que sempre aparece quando a gente acha que ele não aparecerá. Tinha o marido da Bianca e tinha tb a nova namorada do Gigante, linda e discreta, como eu.
Bom, depois dessa paisagem dada, o que sobrava na mesa eram copos pedindo mais vodka, amigos achando graça de tudo e o dono do bar não achando graça nenhuma dos nossos gritos e da nossa bagunça.
Meu bolo de aniversário foi um misto quente com um cigarro enfiado no meio. E eu ainda fiquei fazendo o papel de idiota assoprando o cigarro depois do Parabéns. Ok, faz parte do show.
Bom, depois daquele esquenta mágico fomos definitivamente pra Trash. Ainda tinham umas pessoas que viriam pra fortalecer o esquadrão, mas já estava na hora do combate começar.
Lá dentro a única coisa que se pede no balcão é uma tal de Promoção. Promoção, pra quem não sabe, são duas doses de vodka servidas obrigatoriamente em dois copos, mas pelo preço de três. E, acredite, mesmo assim a gente acha um ótimo negócio.
Aí, se fizermos uma conta rápida, quando uma galera de dez pessoas chega inocentemente e rapidamente na terceira rodada, isso já dá um total de 60 vodkas. Gostou ou quer mais? Nós, sempre queremos mais, é uma merda, haja bolso.
Foi então que outras figuras ilustres foram chegando. A primeira que lembro foi a Gabi e suas duas amigas gostosas e malucas. Depois chegou o bonde do Tobio contendo a sua namorada e a nossa amiga Drica. E ainda estavam por vir a Alice, minha eterna Sandra Rosa Madalena, o Gabriel, que disse que viria e não veio, e a Neide, amiga da Sandra com quem estou me dando muito bem.
Bom, enquanto essa segunda leva não chegava, fui aproveitar que a pista estava vazia e fiquei dançando umas músicas lentas com a Alessandra, aquela amiga da Sandra. E olha que foi um dos pontos altos da minha noite. A Alessandra tem um papo ótimo e se mostrou também ter uma paciência muito grande, porque não deve ser muito gostoso me agüentar bêbado. E ela agüentou e dançou. Palmas pra ela.
Bom, até agora deu pra notar que a descrição está até certo ponto repleta de detalhes. Pois é, daqui pré frente a tendência é piorar bastante. Tanto que já nem sei o que veio depois daquela tal dança com a Alessandra.
Não sei, mas só lembro de, de repente, ver a boate cheia, lembro que tentei me pendurar no palco e fui repreendido por um segurança e depois já não lembro muita coisa.
Lembro, claro, da Alice chegando e passando por mim. Depois foi a Neide que chegou e a recepcionei com um abraço, no mínimo, caloroso. A partir disso, as coisas esquentaram um pouco mais. A pista já estava bombando e o dark room me chamando. Aliás, o dark room da Trash não tem nada de Dark room, mas rola coisa pior e nem tem parede ou coisa parecida pra proteger os envolvidos. É simplesmente um canto cercado por uma cortina de pano. Ou seja, é um tesão.
Bom, aí fui pra lá. Fiquei trocando uns carinhos com uma amiga por algum tempo que eu não sei qual e saímos de lá apenas por dois motivos: um era que ela não considerou uma boa hora para fazer amor. O outro foi que tinha um casal de seres humanos, foi o que consegui ver, transando a menos de um metro da gente. Não, não estou exagerando. A bunda do cara era branquinha e estava iluminando o meu rosto de tão próxima.
Enfim, saímos do dark room e fomos lá pra baixo tentar aproveitar mais a noitada. Porém, o meu pinto mais uma vez se tornou personagem principal da noite. Vou explicar: não sei se todos sabem, mas quando um pinto fica muito feliz por muito tempo e depois não deixam ele chorar um pouquinho, isso causa uma dor desgraçada no canal da urina. Expliquei bonitinho? Espero que sim.
Então, foi isso que entenderam. Depois de sair do dark room, me deu uma dor no pau sem precedentes. Eu não estava nem conseguindo me mexer direito. Aí, me lembro vagamente que minha amiga de dark room foi ao banheiro e a minha outra amiga Juliana chegou.
Contei pra ela o que estava acontecendo e ela, sem pestanejar, lançou: vai pro banheiro e bate uma pra aliviar.
Bom, naquela altura e com as minhas dores, aquilo tinha sido e foi uma idéia genial. E eu, claro, aproveitei.
Corri pro banheiro e fui me masturbar. Nem lembro quanto tempo levei pra gozar. O que lembro é que o segurança ficava batendo na porta pra eu sair e perguntando o que eu estava fazendo. Só lembro que eu respondia algo assim: péraí, juro que não tô usando droga, já vou sair jajá. Que piada.
Bom, aí sei que desci de novo pra pista, olhei pra tudo aquilo ao meu redor, notei que tinha perdido meu celular, minha blusa, meu dinheiro e decidi sair da balada e ir embora. Simples assim. Sem avisar ninguém ou coisa parecida.
Já na rua, tive até que um plano bom. Decidi ir andando até o Bar do Estadão, que funciona 24 horas, pra comer um lanche de pernil e pedir para o caixa passar um valor a mais no meu cartão para que eu descolasse uma grana pra ir embora.
E assim foi: fui pra lá, comi, bebi e sai andando pela rua. Meu melhor destino seria ter ido pro metrô Anhangabaú, mas ainda era meio cedo e lá é mega power perigoso. Então, decidi pelo mais fácil e prazeroso. Subi a rua Augusta todinha pra chegar no metrô consolação. Claro que no meio do caminho parei num bar de cocainômanos, como diz o Gigante, e tomei uma skol horrível. Mas só o fato de estar na Rua Augusta sozinho, livre, leve e solto já era uma felicidade tremenda.
A essa hora, a minha noite e eu já nos encontravávamos no fim. Mas eu, pra variar, ainda estava querendo o que sempre quero quando estou com os meus amigos: mais, mais e mais.
9 comentários:
na boa ... não consigo entender pq os seguranças não permitem que dançemos no palco!!! agora, síndrome do "tô indo escondido", deve ser mal de amigo, ô coisa boa de se fazer nénão? te amo, feliz ano novo e que venha a maturidade se puder!! ah, to com gesso no pulso abri dormindo(pode isso?) os vôos estão sendo cancelados e Madonna só se for na Itália, SP já era!!! ô dó! KK.
Voce conseguiu lembrar dos detalhes....rs Bjss
Noites perfeitas são assim... uma soma de imperfeitos!
;o)
AMOOOOOOOO!!!
bj
Carlinhos, você esqueceu do menininho lindo que pegou no colo no bar.
Ah, se vc soubesse ir em casa poderia ter ido dormir lá, né, cabeção? bjs Eli
Bem lembrado Eli.
Noite memoravel...
Beijo
Deve ter sido divertido...
ueheueheu
bom pelo menos voce tem história para contar pros seus netos...
:)
terao netos?
parabens ai
Também esqueceu de falar que, em cinco minutos dentro da Trash, a gente caiu no chão, vc sobre mim, no caso.
Mas...Caraleoooo!
O seu final de noite foi igual ao meu, então...
Tbm fiquei no banheiro um tempão, só que passando mal. Não conseguia ficar de pé direito, só lembro que tudo rodava. Quando saí, não vi ninguém, só a Alessandra, não lembro o que falei pra ela e fui embora, sozinha, atravessei a Nove de Julho, dormi na escada do metrô. Foi foda. Bom, conclusão de tudo: ainda estamos vivos. E prontos para a próxima.
Também te amo. Bisous.
Ps.: falo disso no meu blog? Acho que devo usar um pseudônimo.
Quero mais, só isso. Domingo. Juliana.
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