sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Chuva faz pensar

Viver, amar, crescer e evoluir é uma coisa muito fácil. Difícil é se livrar do que foi vivido para dar lugar a todas essas coisas.

Tenho pensado muito nisso ultimamente; nessa relação entre passado e futuro, e na grande responsabilidade que o passado tem em nos colocar ou tirar do futuro que sonhamos pra nós.

Hoje, vivemos mais ou menos sob um inconsciente coletivo que nos informa que todo o segredo está no presente, no dia-a-dia, na luta diária pelos projetos pessoais, etc. Mas tenho sentido que a chave para estas conquistas pode ser outra.

Tenho pensado que o presente, na verdade, é muito mais que uma oportunidade de nos colocar num futuro melhor. É sim a grande chance que temos para tentar nos livrar do nosso passado, mesmo que ele tenha sido bom. E que só depois disso é que o futuro de fato acontece e pode nos trazer coisas boas.

Sei que de certa forma estou até parodiando mal e porcamente o tal do Sigmund Freud. Só que para o Freud acho que os buracos eram ainda mais profundos e tinham sempre relação com coisas sexuais e etc. Minha pobre análise é muito menos abalizada e muito mais vivida.

Sinto que todos os meus passos no presente nunca têm muita relação com o meu futuro e sim como meu passado. É o meu passado que tem sempre ditado as minhas ações, reações e o jeito como tento encarar o próprio futuro.

Se pudesse zerar tudo de alguma maneira e realmente agir no presente sem saber do meu passado, meus atos seriam diferentes. Talvez mais corajosos, talvez mais medrosos, mas seriam diferentes.

Acho que este será meu grande desafio em 2009 e talvez também possa ser o seu: se comportar apenas como alguém que deve fazer as coisas que deseja sem ter parâmetros ou lembranças de que será ou não capaz de realizá-las.

Se vamos conquistar nossos objetivos não importa. O que importa é não parar de se transformar a cada dia numa pessoa diferente e livre.

Nosso passado é o que fomos, mas não sei até que ponto contribui para o que seremos. Claro que no fundo somos uma coleção de experiências de vida, mas a maioria delas nos paralisa, porque mesmo as boas lembranças sempre carregam de alguma maneira uma frustração ou uma nostalgia enorme.

É por isso que tenho pensado ultimamente que o grande vilão do futuro é de fato o nosso passado. Nossas cagadas no presente não passam de repetições erradas e carregadas de cargas emocionais que não nos permitem ir muito longe ou obter resultados muito diferentes do que estamos acostumados a conquistar.

Enfim, não sei se falei um monte de merda, mas acho que quem realmente se liberta evolui. O negócio é bancar a aposta e esquecer da rodada passada, porque quem ganha é sempre quem vive e não quem guarda.



4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Carlos, esse papo exige uma rodada de breja e bons amigos... topas?
;o)
bj

Anônimo disse...

Caralho Carlão...
Esse bateu...
PQP
To orgulhoso.
Raça
Amo amo amo
Lasa

Anônimo disse...

Me nocauteou! Bjos

Anônimo disse...

Quien lo cree lo crea