quinta-feira, 17 de junho de 2010

Impressões

Prezados Amigos:

Em visita ao campus da USP, deparei com uma colega de faculdade que não via há exatos 08 anos.

Cintura fina e seios pequenos, ostentava, à época, uma raba da mais alta qualidade. Grande e firme, aos 22 anos, aquela tenra lomba desafiava a gravidade com seu porte colossal e textura de pêssego recém-colhido do pé.

Confrontei-a, como era de se esperar numa conversa que se inicia entre duas pessoas, de frente (perdoem-me a redundância), ansioso para que se voltasse e me permitisse a clássica "conferida" em seu derriére.

Após algumas palavras trocadas, envaideceu-se, em razão da tese de doutorado concluída, já no prelo. Surpreendi-me, ao que então prontamente lembrou-me que anos suficientes haviam se passado para tanto.

Por fim, virou-se e foi embora. Constatei, desolado, que a pujança de outrora dera lugar a uma bunda larga, chata, marcada pela ação inexorável daqueles 08 anos. Perdi-me em vãos devaneios, buscando uma resposta plausível para tão implacável decadência anal.

Pouco tempo depois, avistei na rua, também por acaso, uma garota que frequentava as antigas aulas de karate, no Juventus, ainda em minha adolescência. Aos 10 anos de idade, a garotinha não dava prenúncios de que se tornaria uma mulher bonita. Com cachinhos revoltos na cabeça, mirrada, birrenta e chorosa, importunava-nos, à mim e aos outros colegas moços, com seus atavios e brincadeiras pueris.

Treze anos depois, encontro-a com quase 1,80m. Menina criada à leite com pera, no dizer dos antigos, desenvolveu-se com notável saúde, contrariando as mais otimistas perspectivas e vaticínios. Seios bem desenvolvidos e um rabo de fazer inveja a qualquer dançarina de funk do momento, desfilava sobre saltos muito altos, que majoravam-lhe o cú e minimizavam os rapazes de estatura pouco privilegiada. Reconheceu-me, cumprimentou-me com um aceno apenas e se foi.

De rosto não se tornara bonita, realmente, mas era o que se pode chamar de potranca. E da mais distinta linhagem.

É só. Rabos vêm, rabos vão, rabos crescem, rabos perecem, rabobank...é o ciclo da criação (e do sistema financeiro).


PS- Por motivos sociais, conjugais e anais o autor não quis ser revelado. Azar o dele.