Putaria é um negócio foda. Quanto mais você se aproxima, mais você perde o medo, o respeito e a vergonha.
No começo, tudo parece meio perigoso. As mulheres parecem mais vadias, mais sacanas e a gente tem uma tendência a procurar por segurança em primeiro lugar.
Depois, a coisa vai desandando e não pára mais. Aquelas putas que antes você achava justo pagar caro vão deixando de ser interessantes. E frequentar zonas mais refinadas também passa a se tornar uma coisa secundária muito cedo.
Com o tempo, a palavra custo-benefício vai crescendo dentro da gente mais rápido que uma ereção. Claro que o desejo de terminar a noite com uma puta gostosa, limpa e simpática continua em nossas cabeças, mas, com tempo, só o fato da mulher ser puta e ser economicamente viável já basta.
Nesse contexto todo, claro que a palavra vodka acaba desempenhando um papel importante nas decisões tomadas a partir das 4 da madrugada, mas, quando você está entre amigos bêbados e alguém na rua lhe oferece um chupeta por R$ 2,50, não há muito o que se pensar ou recusar.
Além disso, só tínhamos conseguido chegar nesse preço com a puta, porque seria um pacote fechado de 4 chupetas ao todo, totalizando dez reais. Ou seja, era um puta negócio pra gente e seria um puta negócio pra ela. Não porque dez reais era justo, mas por que com dez reais ela poderia comprar uma pedra pra fumar.
E era só isso que a interessava naquele instante. Tanto que a negociação foi até bem curta. Em menos de um minuto já tínhamos fechado o nosso pacotão da masturbação e, ali mesmo, no meio da rua, a gente ia tudo tirar o pau pra fora e deixar aquela puta velha chupar.
Porém, quis o destino que algo acontecesse a nosso favor. Por sorte ou azar, naquela noite, apenas um de nós quatro, aquela hora da madrugada, possuía uma nota de cinquenta reais no bolso. Os outros só tinham cartões de banco, como eu, por exemplo.
Inclusive, chegamos até a perguntar ingenuamente para a puta se ela seria capaz de trocar aquela nota e nos devolver quarenta reais. Mas, claro, ela disse que não tinha dinheiro algum.
Foi então que um amigo teve a brilhante idéia de levarmos a tal nota de cinquenta até um posto de gasolina que havia a poucos metros de lá, para trocar o dinheiro.
Imediatamente, todos topamos a empreitada e subimos no carro em direção ao posto.
Chegando lá, fomos apenas obrigados a comprar mais umas latas de cerveja, mas conseguimos trocar a grana.
O problema foi que quando voltamos ao local do crime, já era tarde demais. Um outro aventureiro, montado numa bicicleta, já tinha tomado o nosso lugar. E a puta que faria parte da maior pechincha sexual de nossas vidas já tinha conseguido o que planejava realizar: chupar um pau por alguns trocados pra depois numa pedra rolar.