segunda-feira, 29 de setembro de 2008

eu - 1 litro = uma dose de felicidade


Fazendo uma conta rápida, estou há uns dez anos luz de ser uma pessoa feliz. Porém, também devo estar alguns quilômetros de ser alguém completamente triste. E este fim de semana comprovou-se tudo isso.

Consegui enxergar graça em comer um prato de nhoque com uns amigos, em dormir simplesmente por estar cansado de ver tv e sorrir apenas porque chorar borra muito a maquiagem.

Foi um fim de semana atípico, onde recusei ser super feliz pra depois também não ficar super triste. No fundo, isso estava me desequilibrando demais. Picos de euforia e tristeza estavam acabando comigo. Agora me sinto mais estável e um pouco mais saudável também.

Hoje mesmo comentei com um amigo que espero que esta onda seja eterna enquanto dure. Nem eu e nem ele sabemos por quanto tempo vamos resistir longe das tentações mundanas e, depois do carregamento de balas que eu vi, bota tentação mundana nisso. Mas acho que de certa maneira estamos todos mais fortes e mais sábios.

Aprendemos pelas cacetadas do destino, do estômago e do fígado que nossos superpoderes estão mesmo no fim. Brilho a gente ainda tem, mas está na reserva também.

O que sobrou foi um pouco de história boa pra contar e relembrar. Coisas que pouca gente teria coragem de ter feito ou que todo mundo faz sem saber aproveitar tão bem. E tudo isso deve ser mais ou menos como um ciclo da vida, sei lá.

Neste exato momento, meus valores são completamente diferentes de tudo o que sou ou achava que seria. Claro que daqui a pouco devo voltar a ser o excesso que sempre fui. Mesmo assim gostaria de continuar com o coração anestesiado por um pouco mais de tempo. Não que viver ou amar intensamente não seja bom, mas viver sem desejar fazer amor com o futuro é melhor pro nosso presente. E eu já não me vejo apostando minhas doses em nada, principalmente naquele jogo onde pessoas como eu nunca são sorteadas: o amor.

Vida longa ao nhoque e aos meus amigos.



terça-feira, 23 de setembro de 2008

Utilidade pública



Carol Miranda topou. Mas em partes. Depois de receber uma proposta de R$ 500 mil da produtora "Sexxxy World" para ter sua primeira transa em frente às câmeras, a sobrinha de consideração de Gretchen aceitou fazer o pornô. Mas não vai perder a virgindade no longa-metragem. Ela vai dar apenas o cu no filme.

domingo, 21 de setembro de 2008

samba sem samba




Tatuou a angústia no meu peito
Só pra que eu nunca mais fosse feliz
Todo dia acordo sem jeito
Sem vontade de ser quem você não quis

E você ainda espera que eu volte
Só se for pra dançar com sua compaixão
Nem imagina a dor de quem vive
Com um passado sangrando no coração

É por isso que eu sumo de repente
Não aviso aonde vou ou se vou sumir
Sei que a nossa amizade é pra sempre
Mas amor sem futuro é melhor se partir.

sábado, 20 de setembro de 2008

Fotografia

camiseta rosa, cueca manchada, barba, sorriso tímido, parede branca, meias penduradas, garrafas embrulhadas, quadro, ventilador ligado, luz acesa, alho, toalha na cama, salgadinho de bacon, janela fechada, sozinho, olhos vermelhos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O porteiro - Capítulo final: o ponto g do zé

...A cena ao nosso redor era exatamente esta: uns cinco bichas se masturbando em nossa direção. Isso mesmo. Enquanto eu e minha amiga nos pegávamos, os viadinhos estavam todos se masturbando com a nossa “cena de amor”. E o pior: iam ainda todos gozar em cima da gente. Quando vi aquele monte de pintos apontados pra mim, a menos de um metro de distância, me senti correndo risco de vida.

Então, saímos imediatamente de lá e fomos para algum lugar que eu não lembro agora. Putz, como vou continuar contando esta estória se esqueci esta parte? Bom, vou pular então. Faz de conta que deus nos teletransportou para o lugar e para a parte que eu lembro.

De repente, estávamos já na Frei Caneca embaixo de uma marquise abraçados. Fazia um frio desgraçado e a gente parecia uma pessoa só de tão grudados. Na verdade, não to entendendo muito bem esse lance do frio já que era carnaval, mas eu juro que estava um frio pra caralho. Era um fim de madrugada gelado. Arrisco até que estava garoando bem fino e por isso procuramos aquela marquise.

Enfim, conversa vai conversa vem, mão vai mão vem, dedo sai dedo entra, começou uma leve e discreta putaria. Nada ofensivo, apenas umas trocas de caricias no meio da rua. Quando alguém se aproximava a gente parava, depois continuava.

Enquanto isso rolava, eu ia prestando atenção no mundo ao meu redor. É curioso isso, mas deve ser coisa de homem. Homem nunca está com a cabeça onde as mulheres gostariam que elas estivessem. A gente sempre ta reparando em outras coisas e etc.

E era assim que eu me encontrava naquela noite: recebendo uma chupeta deliciosa e nem ligando muito. Claro que estava gostando, mas o mais legal era o contexto, a paisagem, a locação, os personagens, etc. O prazer é sempre igual, meu pinto é sempre igual, boca é tudo igual. Mas aquela madrugada era única.

Tão única quanto receber uma chupeta na Frei Caneca. Mas não era só isso. Ainda tinha um prazer paralelo rolando que só eu pude aproveitar. É que quando sentamos naquela marquise, tudo parecia deserto, mas de fato não estava.

Do outro lado da rua tinha um prédio com uma portaria até então apagada. Como se o porteiro estivesse dormindo. Até aí, problema nenhum. Até porque não era o único prédio no outro lado da rua. Tinha um do lado do outro. Porém, aquele que estava bem de frente teve uma peculiaridade. Uma peculiaridade que só eu sei e notei.

É que quando a minha amiga abriu a minha calça e começou me chupar, reparei que a guarita da frente acendeu. Não acendeu a luz, mas acendeu. Na verdade, o porteiro tinha ligado sua televisão, aquelas preto e branco. Até aí tudo bem.

O que ele não contava é que embora o vidro da guarita fosse escuro, não o protegia totalmente e eu conseguia, com a ajuda da luz da Tv, ver perfeitamente ele olhando pra gente. Minha amiga não teve tempo de reparar pois estava muito ocupada com outras coisas, mas eu que não tinha muito o que fazer, saquei o lance.

Na hora, meu pinto deve ter dado até uma amolecida. Porque embora eu já tenha uns poucos quilômetros de experiência com surubas, nunca tive muita experiência com gente me olhando.

De qualquer maneira, eu não ia arriscar minha chupeta jogando limpo com minha amiga e avisando que estávamos sendo espionados. Até porque não tinha risco nenhum. O máximo que podia acontecer era o porteiro estar batendo uma punhetinha debaixo da mesa se inspirando nos movimentos da cabeça da minha amiga, mas nada além disso.

E assim, acho que ficamos uma meia hora: ela lá embaixo procurando petróleo, eu lá em cima torcendo pro petróleo demorar a chegar e o porteiro lá na frente fingindo que assistia televisão enquanto assistia a nossa cena de street sex.

Quando gozei, nem sei. Bom, acho que devo ter fechado os olhinhos...heheheh...Mas sem muita demora, lembro que já guardei “ele” pra dentro da calça e nos preparamos pra continuar descendo a rua em direção a casa dela.

O porteiro continuo lá mesmo, paralisado. Até cheguei a dar umas olhadas pra trás enquanto descia a rua abraçado com ela só pra ele perceber que eu sabia o que ele tinha feito no verão passado.

A noite ainda não ia terminar naquilo... Teríamos uma outra breve aventurinha mais pra baixo, num terreno onde tinha um prédio em construção, mas essa parte eu prefiro contar outro dia. Até porque já está tarde e eu ainda preciso me masturbar... Onde estou vivendo ninguém parece disposto a fazer isso por mim...gente estranha....kiss

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O porteiro (talvez o último capítulo)



...Bom, só sei que já estava muito louco, completamente enmadonnado (possuído pela Madonna) e quando olhei para as pessoas na pista vi uma moça que tinha sido um caso meio maluco na minha vida. Era realmente o cu da coincidência. Eu sozinho num baile de carnaval encontrar aquela pessoa. Tudo bem que ela morava naquela rua e ia sempre, mas vê-la naquele dia acho que foi coisa de deus. Não no sentido de me presentear, mas pelo menos de ter posto alguém pra olhar por mim.

Enfim, você já sabe o que aconteceu: nos reencontramos. Bom, também não teria como ser diferente, o palco da Loca é muito bem localizado e depois de meia dúzia de vodcas a gente só quer amar.

De qualquer forma, fui lá dizer um oi. Acho que nem cheguei a dizer nada. A Loca não é um lugar pra se perder tempo com palavras. Lá, o que vale são gestos, mãos, bocas, essas coisas mais instintivas. E assim foi...Quer dizer, fomos. Onde? Pro dark room, claro. O que é um dark room? Ah, procura na wikipédia...hehehe...Ok, vou explicar meio por cima, mas acho que a maioria já imagina.

Vamos lá: dark room nada mais é que uma sala completamente escura onde você tem permissão para fazer completamente tudo com completamente qualquer pessoa ou coisa que se mexa. Sacou o espírito da coisa? Então, foi aí que entrei com ela.

Mas isso não é tudo. Faltou dizer que o dark room da Loca – a casa mais gay de São Paulo- também é o dark room mais gay da cidade. Estatisticamente falando, acho que posso chutar que a cada 50 pessoas lá dentro, uma é hetera e a outra meio é hetero. Bom, naquele dia tinha um hetero inteiro, eu no caso, e mais uma hetera inteira, ela no caso. Bom, aí fomos lá pra dentro pra se fazer o que adultos (adorei me chamar de adulto) fazem no escuro.

E começamos a nossa putaria super saudável sem enxergar direito as coisas, mas curtindo o momento. Eu já quase dentro dela, ela já quase adentrada por mim. Uma beleza. Até que, de repente, um viadinho qualquer (sem preconceito, claro) acendeu uma espécie de lanterninha lá dentro e nós começamos a enxergar como o mundo pode ser muito pior do que a gente pode imaginar. A cena ao nosso redor era exatamente esta: uns cinco bichas se masturbando em nossa direção. Isso mesmo. Enquanto eu e minha amiga nos pegávamos, os viadinhos estavam todos se masturbando com a nossa “cena de amor”. E o pior: iam ainda todos gozar em cima da gente. Quando vi aquele monte de pintos apontados pra mim, a menos de um metro de distância, me senti correndo risco de vida.

To be continued...


cu

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

ahhhhhhhhhh, qurem saber o resultado da minha novela, né? não nao nao... to muito cupado... ocupado... cupado tb ...tudo...estar tudo é bom... tudo bom tudo ruim...tudo... do jeito que a madonna teria orgulho...é...é assim...o pacto é longo e a poesia é brega...o amor é brega, sempre...graças a deus..o amor nao usa oculos escuros...graças a deus...ou ao big ben ou ao nando reis...ou aos travestis...ou ao sistema...vitimas...kisssssssssss sssabor vódiquinha...a, preciso dar o crédito...o cartola era foda...o mundo é u moinho...no meu caso, de cana...efe u i ...fuikiss

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aí, eu que já estava no inferno mesmo, fui abraçar o capeta de vez. Acho que fui pegar mais vodka e depois acho que fui procurar um palco pra mim. Claro que não lembro de nada, mas sempre faço a mesma coisa quando entro naquele lugar. Primeiro vodka, depois palco. Depois banheiro, depois mais vodka. Depois palco e banheiro. Depois...bom, depois a coisa tende a ficar meio pornográfica.

Voltando a história, que por sinal é pura literatura e transfiguração do real, pois nada disso aconteceu nunca, cheguei no palco e me instalei. Geralmente escolho um palquinho lateral onde só cabem três pessoas. Às vezes amigas do coração, às vezes amigas da orgia, aquelas coisas. Porém, nesse dia só tinha lugar no palcão. Lá é bom também, mas o destaque é menor. Quando você desce do palquinho e vai buscar alguma bebida alguém sempre te puxa pelo braço ou diz uma palavra carinhosa, parabenizando pela performance. Já no palcão, a coisa e menos reconhecida.

Bom, só sei que já estava muito louco, completamente enmadonnado (possuído pela Madonna) e quando olho paras as pessoas na pista vejo uma moça que tinha sido um caso meio maluco na minha vida. Era realmente o cu da coincidência. Eu sozinho num baile de carnaval encontrar aquela pessoa. Tudo bem que ela morava naquela rua e ia sempre, mas vê-la naquele dia acho que foi coisa de deus. Não no sentido de me presentear, mas pelo menos de ter posto alguém pra olhar por mim.

to be continued...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O porteiro



Quase minha vida toda fui um vagabundo. Fui sempre sustentado pelos meus pais e não tinha o menor pudor em assumir. Porém, nas raras vezes em que eu arrumava algum emprego, esse emprego sempre era algo que me consumia demais. Eram espécies de subempregos onde você tinha que aceitar fazer de tudo, em qualquer dia da semana, em troca do tão sonhado aprendizado de uma profissão. E assim eu me encontrava naquela época: num trabalho filho da puta que não me dava folga nunca. Nunca mesmo. Nunca.

Porém, o diabo sempre teve mais vez comigo. E aquele carnaval tinha que ser meu. Eu precisava me entregar pra ele de qualquer maneira, pelo preço que fosse. E somando e subtraindo tudo, saiu barato pra caralho.

Decidi largar do emprego no penúltimo dia de carnaval. Na verdade, só tomei coragem no penúltimo dia. Aquele clima de putaria pelas ruas parecia que gritava meu nome. E se me conhece talvez a rua gritasse mesmo meu nome. E foi numa terça, lá pra umas dez da noite que abandonei tudo e fui pra gandaia.

Na real, estava morrendo de medo de ter uma noite de merda sozinho, mas pelo menos um porre bem dado eu ia proporcionar pro meu corpo.

Sendo assim, decidi ir de cara pro único e melhor lugar do mundo que sempre por toda minha vida amarei: rua augusta, a disneylândia brasileira.

Chegando lá, minhas mãos já paravam de tremer e fui pro boteco clarear as idéias. Devo ter dado umas quatro clareadas de idéia com gelo e limão. Depois dessa claridade toda, escolhi onde seria o meu baile de carnaval. Adivinha? Lá mesmo. Naquele lugar onde até Deus bate palma pra Madonna: a Loca – a melhor e a pior boate de todos os tempos, de Moíses a próxima filha da Angelina Jolie. Ever, ever, ever the best.

E assim foi: caí pra dentro e fui ver o que o diabo tinha preparado pra mim. E nem tinha muita coisa. Bom, tinha uns 800 viados a fim de comer meu cu ou de dar o cu pra mim, mas eu ainda não sou evoluído a esse ponto.

Fora os 800 viados, devia ter umas 5 mulheres...heheheh...Bom, tinha mais, tô brincando. Mas pensando bem e subtraindo as lésbicas, acho que até fui otimista. Deveriam ter umas três mulheres “heteras”.

To be continued...




preciso de um relógio....se eu conseguir mesmo tomar coragem pra cortar e jogar fora minha pulseira, corro o risco de me sentir nu e inseguro pro resto da vida sem algo no lugar....

sábado, 6 de setembro de 2008

Diário de um Sóbreo

Bom, tá tudo ruim. Calor do caralho. Já sei que a noite será uma bosta trancado aqui dentro e que amanhã já será domingo. Vejo um filme atrás do outro e só me levanto da cama pra buscar água e passar vontade olhando pra geladeira cheia de cerveja. Minutos atrás comi amendoim. Mais tarde devo fazer um churrasco maravilhoso acompanhado com algum suco terrível. Depois devo assistir um filme emprestado por uma colega de trabalho. Um filme gay sobre um cara problemático. Enforco ela por achar que sou gay também? Não, coitada. As mulheres não tem culpa de terem se acostumado com homens idiotas e acharem que todos os outros são gays. Enfim, vou tomar banho; vou raspar o saquinho, lavar o cabelo com uns quatro shampoos diferentes e talvez por algum filme pornô pra deixar baixando aqui no micro. Será que o filme da Gretchem presta? É que assisti agora há pouco um filme chamado Chega de Saudade, onde uma coroa bem enxuta me deixou meio no cio. Além disso, já dancei tanto as músicas dela com minha turma que já considero a Gretchem quase da família. Enfim, chega de diário. Vou aumentar a velocidade do ventilador. Quem sabe ele não me assopra uma saída.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

sem beber fico triste e triste volto a escrever umas poesias bem tristes que me deixam muito feliz ....logo, vou parar de beber... vou não, parei... agora só volto a beber no sábado....de dezembro, talvez. kiss

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Primeiro dia na Academia



- Como é seu estilo de vida? Muito sedentário?
- Não muito. Quando o bar é longe até que eu ando bastante.

- Você já teve algum problema de coração?
- Bom, tirando uns três mil amores platônicos, não.

- Bebe?
- Tudo.

- Fuma?
- Nada.

- Cheira? (risos)
- Bom, é sempre bom dar uma cheirada antes de enfiar a boca numa perereca. (mais risos)

- E quantos quilos você acha que agüenta levantar?
- Ihhh, não sei não. Mas acho que o equivalente a uma lata de Nescau eu garanto.

- Bom, então acho melhor hoje você só fazer um pouco de bicicleta...
- Mas eu posso fazer do lado daquela loira ali?
- Pode.
- Valeu.