segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O porteiro



Quase minha vida toda fui um vagabundo. Fui sempre sustentado pelos meus pais e não tinha o menor pudor em assumir. Porém, nas raras vezes em que eu arrumava algum emprego, esse emprego sempre era algo que me consumia demais. Eram espécies de subempregos onde você tinha que aceitar fazer de tudo, em qualquer dia da semana, em troca do tão sonhado aprendizado de uma profissão. E assim eu me encontrava naquela época: num trabalho filho da puta que não me dava folga nunca. Nunca mesmo. Nunca.

Porém, o diabo sempre teve mais vez comigo. E aquele carnaval tinha que ser meu. Eu precisava me entregar pra ele de qualquer maneira, pelo preço que fosse. E somando e subtraindo tudo, saiu barato pra caralho.

Decidi largar do emprego no penúltimo dia de carnaval. Na verdade, só tomei coragem no penúltimo dia. Aquele clima de putaria pelas ruas parecia que gritava meu nome. E se me conhece talvez a rua gritasse mesmo meu nome. E foi numa terça, lá pra umas dez da noite que abandonei tudo e fui pra gandaia.

Na real, estava morrendo de medo de ter uma noite de merda sozinho, mas pelo menos um porre bem dado eu ia proporcionar pro meu corpo.

Sendo assim, decidi ir de cara pro único e melhor lugar do mundo que sempre por toda minha vida amarei: rua augusta, a disneylândia brasileira.

Chegando lá, minhas mãos já paravam de tremer e fui pro boteco clarear as idéias. Devo ter dado umas quatro clareadas de idéia com gelo e limão. Depois dessa claridade toda, escolhi onde seria o meu baile de carnaval. Adivinha? Lá mesmo. Naquele lugar onde até Deus bate palma pra Madonna: a Loca – a melhor e a pior boate de todos os tempos, de Moíses a próxima filha da Angelina Jolie. Ever, ever, ever the best.

E assim foi: caí pra dentro e fui ver o que o diabo tinha preparado pra mim. E nem tinha muita coisa. Bom, tinha uns 800 viados a fim de comer meu cu ou de dar o cu pra mim, mas eu ainda não sou evoluído a esse ponto.

Fora os 800 viados, devia ter umas 5 mulheres...heheheh...Bom, tinha mais, tô brincando. Mas pensando bem e subtraindo as lésbicas, acho que até fui otimista. Deveriam ter umas três mulheres “heteras”.

To be continued...




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