domingo, 29 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Aceita um pedaço como se fosse tudo
Aceita o meu riso como se fosse o seu
Aceita minhas neuras, meus surtos, meus ritos
E me abraça e me beija melhor do que deus
Sabe até o que eu fiz de errado na vida
Entende o que eu tenho e o que se perdeu
Só espera de mim um recado, um carinho
Ah, se tudo o que eu amo também fosse seu.
Eu quero ver o pôr-do-sol
Estou falando isso por que, ultimamente, ando com uma mania de querer honrar as coisas, as pessoas e os meus sentimentos através de conquistas que eu possa vir a efetivar.
Tudo começou com os meus eternos lampejos de que a qualquer momento o meu pai pode morrer.
Sei que parece estranho, mas isso me faz bem de alguma maneira. Não por desejar sua morte, mas por alimentar uma vontade enorme de fazê-lo se orgulhar de mim antes que morra.
E assim também tem sido com meus amigos, parentes, etc. Sinto uma vontade de honrar a todos pelo carinho comigo, pela compreensão e pela amizade em si.
Por eles, desejo conquistar coisas bacanas, me desenvolver como pessoa e até, quem sabe, me tornar alguém mais normal algum dia.
A cada filme, a cada reportagem, a cada email, a cada gesto de carinho direto ou indireto esse meu desejo só aumenta.
É triste dizer isso, mas sinto que por mim já não há muito que fazer. Não por falta de tempo, mas por falta de amor próprio ou coisa assim.
Já em relação aos outros, que fazem parte e formam o meu mundo, sinto mais disposição para me realizar e realizá-los.
Junto a isso se adiciona ainda um orgulho do tamanho do universo. Não um orgulho idiota, que ostenta o vazio de nossas misérias. Mas um orgulho positivo, de quem não sabe o que quer, mas sabe que pode.
E é pensando nisso que tenho vivido esses dias: em como fazer as pessoas ao meu redor mais felizes através dos meus atos ou das minhas conquistas.
Através desse pensamento, minha capacidade de perdoar inclusive tem aumentado bastante, principalmente de me auto perdoar. Não sei nem explicar o porquê, mas acho que tem relação com a valorização do nosso tempo, como se daqui pra frente só valesse a pena sorrir e fazer todos ao meu redor sorrir também.
Aliás, este post de hoje foi escrito apenas para honrar o carinho de três ou quatro pessoas que sempre vem me visitar neste blog.
Embora vocês sejam um bando de urubus, saibam que são os meus favoritos. E, pra não perder o costume, vão se foder, que já é tarde.
terça-feira, 17 de março de 2009
Oh, my god
Foi assim que ontem o padre começou a missa que, surtadamente, fui assistir.
Acho que fazia uns 30 anos que não entrava numa igreja. Assim como o Deus que foi citado por lá há uns trinta anos também não vem me visitar no bar. Sendo assim, de alguma maneira nos mantemos quites.
Mas, dívidas a parte, foi uma noite muito curiosa. A princípio eu só tinha aceitado o convite pra ir a tal igreja por dois motivos: falta de vontade de viver e preguiça de ficar em casa.
Na verdade, ontem foi um dia muito triste, onde pressões no trabalho e pressões existenciais me faziam ter uma vontade enorme de não existir mais. Nem era tanto uma questão de suicídio. Talvez alguma vontade de tentar pela milésima vez me reinventar morrendo e nascendo de novo.
Enfim, só sei que quando fui reparar já estava lá dentro da igreja assistindo uma missa muito pobre, em todos os sentidos.
O padre, que o bairro todo já sabe que é veado, além de falar muita asneira também pedia a toda hora que cantássemos umas musiquinhas sem graça, que a gente podia seguir nuns livrinhos.
Fora as músicas, um ritual estranho de ficar ajoelhando e levantando a toda hora também me deixava sem graça, principalmente porque fui o único da missa que não se ajoelhou e nem se levantou uma vez sequer. Apenas fiquei sentado me fingindo de coxo, como algumas velhas por ali. Não por maldade ou por mimo, mas por um mínimo de coerência. Não seria justo com Deus eu ficar ali dentro me fingindo de ovelhinha do senhor. Ele sabe que eu não presto e ponto.
Enquanto isso, o colega que tinha me levado pra tal missa se mantinha ajoelhado e rezando de olhos fechados o tempo todo, como se nada mais importasse pra ele. Em alguns instantes o achei um idiota, em outros que ele tinha uma fé bonita, que talvez valesse a pena sentir e cultivar.
Outra coisa interessante eram as incongruências do discurso do padre. Em alguns momentos ele reiterava que Deus era o perdão, o amor e a compreensão. Mas, logo em seguida ele disparava que quem não tivesse fé ou seguisse a bíblia seria punido mais pra frente pelo próprio deus. Enfim, mais discrepante impossível.
Mas nem tudo era ruim por ali. Uns três bancos pra frente, aliás, a missa era interessantíssima. Eram quatro meninas arrumadas como se fossem a uma festa também participando da missa. Na real, quatro gostosas com vestidinhos curtos e sorrisos sacanas a toda hora. Claro que ali eu não tinha autoridade pra condenar ninguém, mas se ao menos soubesse que nessas missas existe um tal de “paz de cristo” onde todo mundo se abraça e se beija, pelo menos eu teria me sentado perto delas e abraçado a todas.
Mas não. Eu estava rodeado de velhas cheirando a mofo e um cara que não parava de chorar um minuto sequer. Claro que fiquei com pena dele, mas claro que também segurava minha vontade de rir a todo custo. Sei lá, mas me parecia tão patético considerar aquele lugar a casa de deus que acho que seria muito mais verdadeiro se ele apenas chorasse em casa, no colo da esposa ou coisa assim.
Por fim, ainda passei por mais uma coisa inusitada. De repente, acho que pra terminar a missa com chave de ouro, o padre saiu convocando a todos para segurar seus pertences de fé ou colocarem a mão no órgão com problemas de saúde que deus intercederia por todos e faria a cura. Imediatamente pensei uma besteira terrível. E até ameacei realizar o sacrilégio. Quase pus a mão sobre o pinto fazendo a cara mais séria do planeta, só não fiz por respeito ao meu colega. Mas por dentro eu ria muito. Não era questão de falta de respeito, é que foi automático. Quando o padre disse coloquem as mãos sobre o órgão danificado já pensei na sacanagem e sai rindo por dentro.
Depois disso, ainda teve um lance de ter que comer as tais hóstias. A principio fiquei até meio apreensivo, pois achei que disso eu não conseguiria escapar, mas escapei. Não era obrigatório comer a hóstia, nem dar dinheiro e muito menos se levantar ou se ajoelhar a toda hora. No fundo até que tudo aquilo foi bem democrático.
Meu amigo saiu de lá aliviado, feliz. Eu já saí meio pensativo, pesando prós e contras daquilo tudo. E, se tivesse que dizer se valeu a pena ou não ter entrado lá, diria que sim, valeu a pena, mesmo sabendo que deus, o que talvez eu acredite, nunca caberia lá.
quinta-feira, 12 de março de 2009
só posso falar que tantos porcentos de cana me deixam mais feliz. consequentemente, deixam todo mundo ao meu redor tambem. fora isso, é tudo aquilo que ja sabem: minha vida sera por um bom tempo uma incognita. o numerologo ja ratificou: carlos vc só saberás quem és depois de descobrir quem somos. e assim será. vão se fuder, vcs nao serao nada alem de mumias, como eu. enfim. foda-se.kiss
segunda-feira, 9 de março de 2009
Minha primeira amiga, meu primeiro amor
Fiquei muito feliz por ter encontrado vc, pelas fotos sinto que tb esta super bem.
Então...continuo morando na chácara, trabalho em Jundiaí no Bco. Santander, namoro há 8 anos...
Em casa todos estão bem, meu pai se aposentou e tá curtindo ainda mais a chácara. Minha mãe continua com as caminhadas dela todos os dias, meu irmão trabalha com meu namorado e meu sobrinho lindooooooooo é a paixão de nossas vidas. Acho que vc dever ter conhecido pelas fotos.
O Lidinho continua lá, firme igual prego na areia. rsrsrsrsrsrs tá bem, porém quase não encontro com ele. A Vera e o Faustino continuam os mesmos, é só risada!! O Sérgio casou e mora em Cajamar, não falo com ele há muito tempo... ..Put´s que saudades de vc!!! Nossa, fico muito feliz...é tão bom reencontrar amigos e ver que estão bem!! Precisamos marcar alguma coisa... podemos fazer um churrasco em casa, assim também matam as saudades de lá.
O sítio que era de vcs tá tão lindo!! Estão alugando para festas.
Referente a cachaça...Dizem que eu sou cachaceira, mas cachaceira eu não sou. Cachaceiro é quem faz a cachaça, eu sou só consumidora!!! KKKKK
Um beijo enorrrrrrrrrrrrrme prá vc e sua família.
Saudades.
domingo, 8 de março de 2009
Hoje também gostaria de ter escrito algo sobre meus últimos dias, sobre minhas últimas crises e meus últimos porres. Mas ando com preguiça de reclamar ou ficar triste. Tem uma hora que reclamar cansa e o envelhecimento nos faz realmente seres mais conformados com o nosso destino.
E, por fim, hoje queria ter escrito algo só sobre meus próximos dias. Acho que aproveitaria esse espaço pra fazer mais uma meia dúzia de promessas que não iria cumprir. E, mais uma vez, estaria certo de que desta vez as promessas seriam cumpridas.
Fora isso, pensei em publicar uma foto pornográfica. Uma boceta ou coisa assim. Depois pensei também em publicar uma música do Chico Buarque, não porque ele é foda, mas por que ele é tão canalha quanto eu. A diferença é que ele parece ser uma canalha feliz. Faz seus versos e nos passa na conversa.
Eu não faço um e nem outro. Eu apenas tenho um blog, algumas ereções e um dvd pirata do Chico Buarque. Ah, e tenho também dois saches de lubrificante que ainda não sei com quem usar.
Sorte que minha cachorra já morreu.
sexta-feira, 6 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
...
Ultimamente, eu e todos meus amigos temos nos sentido muito sozinhos e carentes.
Sempre que nos encontramos pessoalmente ou virtualmente, a primeira coisa que aflora é a carência e a vontade de se completar, de tampar os vazios com os pedaços do outro.
Você também já deve ter sentido isso, mas com a minha turma parece ser mais grave, mais intenso e mais verdadeiro.
Dependemos um dos outros quase que pra ser feliz. E isso não deve ser muito saudável.
Claro que ter amigos como os meus é uma dádiva bem mais valiosa que poder dar um beijinho na bocetinha da Scarlet Johanson. Mas, mesmo assim, a gente anda dependendo demais um do outro pra achar graça na vida.
Talvez tudo seja apenas um mal da sociedade moderna. Mas talvez isso seja um sintoma mais grave de pessoas que andam vagando pelo mundo sem inteligência emocional suficiente para encontrar um ponto de equilíbrio na vida.
O que me tranqüiliza é que tenho a sorte de conhecer pessoas tão especiais que não preciso me preocupar muito em deixar meu coração na mão delas.
Por outro lado, quando começa a me faltar oportunidade pra fazer isso, começo a querer suprir minhas carências com atitudes meio auto-destrutivas.
É o típico ligar do foda-se. Quando me sinto só, ligo o foda-se e arrebento comigo, com meu corpo. E meus amigos também têm feito isso nesses últimos tempos.
A gente anda com uma necessidade exacerbada de viver o limite das coisas, como se fossemos morrer muito em breve, e vamos, ou como se merecêssemos ser castigados por não ter feito algumas escolhas certas na vida.
Talvez, muito mais que o amor que exista entre a gente, o que nos una de verdade seja o sentimento de que em algum momento dessa vida nós erramos feio em nossas escolhas. E que agora só nos resta uns aos outros pra poder chorar abraçado.
Será que é só isso? Espero que não.
De qualquer forma, o que tiro de tudo isso é que se eu tirar tudo, o que vai me restar no fim da história ainda serão meus amigos.
Além disso, são pessoas que eu amo e que ainda não tenho muito como evitar essa vontade de estar com eles bem maior do que de estar comigo mesmo. E, enquanto um bom terapêuta estiver custando mais que um salário mínimo e uma garrafa de vodka menos que um táxi pra qualquer lugar, essa forma de viver e se amar deve nos bastar.