segunda-feira, 30 de junho de 2008

Aritmética emocional

Quatro latinhas de cerveja já me dão coragem pra dizer: as mulheres são os verdadeiros demônios do nosso mundo. Todas tão lindas e tão corrosivas. Haja fígado para a cada frustração reconquistar as energias pra tentar se apaixonar novamente. É um exercício cansativo demais, que ao invés de exigir emoção termina exigindo disciplina. Logo esta merda de disciplina que também me persegue por eu odiá-la.

Mas a vida é assim mesmo. Todo mundo vai acabar se casando com alguém meia boca e vai viver o resto da vida pensando naquela pessoa que deveria ter sido seu grande e presente amor.

E o pior é que cada vez mais essa regra vale pra tudo. Hoje, vivemos cercados de coisas e decisões e emoções e cervejas meia boca. E quer saber? A gente adora. Nos contentamos com pouco. Homens só querem ter uma bunda bem grande pra comer uma vez por mês com a luz apagada e as mulheres só precisam de uma penca de filhos pra esquecer de todos os desejos que elas sabem que não vão realizar neste mundo.

Creio eu em deus? Crê deus em mim? Posso dormir agora? Posso mijar antes? Posso te ligar amanhã e dizer que te amo? Por favor, alguém me dê um manual. Sou vídeo-cassete made in Taiwan e as minhas instruções ninguém sabe ler.

7 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Carlos,
sua bela pessoa em versos esta em chamas!
abçs
silas
thefirewalkswithme.blogspot.com

Anônimo disse...

Gostei do texto!Bem naturalista! bjoss

Anônimo disse...

É o grito manifestado na ponta dos dedos - queria ter respostas.
;o)
bj

Anônimo disse...

Tenho muito medo de ter uma vida meia boca, muito mais do que morrer sozinha. Mas uma coisa pode ser verdade: ser auto-suficiente também incomoda.
Sinto sua falta. Aliás, não só.

Beijos.

basta disse...

vou imprimir isso e dar pra todos os caras que eu me interssar, antes do primeiro beijo, lógico!

kiss.

Anônimo disse...

Apaixonado, Carlinhos? bjs, Eli

Anônimo disse...

naturalista é quem anda pelado?