Peixe boi
Madrugada daquelas, final de semana inteiro sozinho em casa, pinto já esfolado de tanto se masturbar e mais ninguém no maldito Eme ésse eme (MSN). Em dias assim o que resta é a danada da sala de bate papo e comigo não foi diferente.
Em menos de cinco minutos eu já conversava com uma Química tarada que dizia ter mesmo coragem de me conhecer e etc. Em menos de dez minutos já conversávamos pelo telefone e marcávamos aquela que seria a transa do século.
O papo dela era realmente ótimo, boa fluência, trabalhava no Itaú e se dizia a moça com bunda mais desejada de lá. Preferi não duvidar, preferi nem saber se era loira ou morena. Maldita mania de ser educado.
Dia seguinte, foda marcada. Arrumo a casa pra ela não reparar que eu vivia num hospício e até no supermercado fui com a preocupação de recebê-la bem. Juliana? Fabiana? Não sei mais.
Assim, no horário marcado o interfone tocou. Atendi, permiti a sua entrada e corri pra sacada pra tentar visualizar do décimo andar se tinha feito um bom negócio. Se o critério tivesse sido por peso, realmente eu teria "lavado a jéga". Era enorme. Além disso, ela parecia mancar um pouquinho, mas tudo bem. Esses saltos vivem mesmo machucando as donzelas.
Então abro a porta e a luz da sala a ilumina. De tão grande ela faz sombra em mim e eu meio sem jeito peço que ela entre. Imediatamente penso: teria eu caído numa pegadinha? Será? Ela tinha dito que tinha o rabo mais desejado do escritório... Do escritório ou do frigorífico? Ah, e ela também tinha dito algo sobre semelhanças com a Sheila Carvalho. Como eu sou ingênuo!!!
Recapitulando, na sala da minha casa, naquele momento, encontrava-se uma desconhecida enorme, feia (feia eu já esperava) e ainda por cima com uma perna maior do que a outra. Olhando da sacada realmente tinha me parecido uma mancada meio normal, mas de perto, infelizmente, ela era mesmo uma pessoa deficiente física e eu, sentindo um misto de pena e raiva, me vi na obrigação de no mínimo respeitá-la e tratá-la bem.
Daí em diante tentei encarar a situação de frente e corri na minha garrafa de whisky pra tentar um tele-transporte dali. Também pedi licença pra ir ao banheiro infinitas vezes no intuito de ganhar tempo e tentar pensar numa saída. A tática principal mesmo era tentar conversar sobre qualquer coisa com ela que não fosse em hipótese nenhuma sobre sexo.
Sexo? Alguém falou em sexo? Sim, ela falou em sexo. E depois de ter tomado um copo de requeijão de Whisky já não me sobrava outra opção que não fosse começar a foder com ela. Com ela e comigo.
Cumprindo então o ritual, luzes se apagam. Lógico. Roupas ao chão, tesão abaixo do nível do mar e eu ainda não poderia brochar de jeito nenhum. Já nem sei se ela merecia que eu brochasse. Sei lá. Só sei que nada era capaz de enrijecer o meu pinto naquela situação.
Foi então num ato de desespero que enfiei o pinto todo na boca dela e joguei a responsabilidade toda pra cima da responsável de fato por tudo aquilo. Era horrível. Eu, um desgraçado anoréxico tentando se equilibrar em cima de uma mulher com uma barriga capaz de produzir uns vinte kilos de torresmo. Assim à distância, poderíamos dizer que o Marco Maciel estava tentando fazer sexo com um peixe boi. Terrível. Na época até tinha considerado ela do tamanho de um Fusca, mas hoje vejo que a melhor definição mesmo é a de peixe-boi.
Voltando a transa. Que transa? Meu pinto ainda dava sinais de resistência convicta a uma ereção. Mesmo assim, decidi por uma camisinha e tentar a tal da penetração. Porém, deficiente física que era, a moça não conseguia abrir as pernas direito. Era uma judiação, mas também era foda, pois eu não conseguia nem fodendo com aquela ereção medíocre alcançar a pequenina e meiga buceta gigantesca que ela tinha. Decido então exigir que ela fique de quatro pra assim tentar penetrar em alguma coisa que não fosse um monte de carne amontoada e confusa. Deu certo.
Já dentro dela, as coisas até pareciam melhorar, mas era só uma ilusão. Com o tempo e com as ansiosas bombadas que eu proferia na tentativa de acabar logo com aquilo, começava a reparar que o anel da camisinha estava se avermelhando. Pensei comigo: um pouco de sangue deve ser normal. Mas não era normal.
De repente, numa daquelas escapadas normais que às vezes a gente deixa acontecer, uma verdadeira comporta de sangue dentro dela parece ter se aberto e uma cachoeira vermelha começou a escorrer do meu pinto e na cama dos meus pais.
Imediatamente corri pro banheiro pra me lavar. Larguei ela lá, foda-se. Sangue realmente mexe comigo. Só de lembrar já me dá tontura. Lavei todo aquele sangue de mim e voltei pro quarto pra ver o tamanho do estrago. Ela ainda nem tinha se dado conta de que tinha acabado com a noite, com a colcha, com dois lençóis e com o colchão de casal dos meus pais. Ela tinha acabado com a minha vida. O mais engraçado é que ela ainda fazia menção de que eu deveria a voltar a transar com ela. Maluca.
Mandei ela tomar banho já meio puto e fiquei aguardando o seu retorno. Assim que voltou, pedi pra que se trocasse e a lhe comuniquei que a nossa noite de amor tinha se acabado. Como não podia deixar de ser, o clima ficou meio tenso. Chamei um táxi e a despachei pra Amazônia sem nem beijinho de despedida. Peixe boi desgraçado.
Voltando pro quarto, desolado, e sentindo cheiro de sangue até num copo de coca-cola que tentei beber pra dar uma relaxada, começo a pensar em como limpar aquela tentativa de homicídio que parecia ter ocorrido na cama dos meus pais.
Sem a menor experiência com manchas de sangue e afins, recorro às cinco horas da madrugada à Internet pra tentar encontrar como que se limpavam manchas de sangue com mais facilidade e etc. Descobri que água oxigenada era capaz de me salvar e graças a minha irmã inútil, água oxigenada nunca faltou aqui em casa.
A cena agora era a seguinte, um idiota assistindo o dia amanhecer da sala e tentando limpar inúmeras manchas de sangue dos lençóis dos pais. Como se não bastasse, a desgraçada ainda tinha quebrado a tampa de acrílico da privada enquanto se enxugava ou mijava e nem me avisou. Só vi isso depois.
Essa noite, sem dúvida nenhuma, foi a coisa mais próxima do inferno que eu consegui chegar. Nunca tinha pago tão caro pela minha ingenuidade. Se soubesse que podia dar nisso, teria simplesmente batido mais uma punhetinha inocente naquela madrugada e continuado com o meu pinto em carne viva. Boa noite.
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8 comentários:
kkkkkk, só pode ser verdade!
kkkkkkkkkkkk, chorei de rir...
Hahahahahahahahahaha, ai Carlitcho, ri muito agora relendo este texto da mulher-fusca, rsrsrsrs. Lembra o dia que vc marrou isto ao vivo no bar da loca e o Klebinho se rachando? hahahahahahaha. Só comendo um torresmo mesmo (ops, acho que não seria adequado falar em torresmo agora, rs).
RAÇA!
;o)
bjs
Carlinhos, é hilária, mas o final é nojento! Tadinho...rs. bjs Eli
fiquei com pena e ódio de você ao mesmo tempo...mas não dá para não rir de algo parecido.
e agora?
casou com a moça?
puta merda Carlinhos... eu, Klé, Déia, e mais sei quem e vc narrando essa sua, essa sua, essa sua, mulher-fusca... rsrsrsrs se ela soubesse que ficou famosa... metade de SP sabe disso...rsrsrsrs ai que saudades dessa alma podreeeeeeeeeeeeeeee e da turma podre é claro! KK
Não sei nem o que comentar sr.Carlos!
kkkkkkkk
Só vou te dar um puxão de orelha:se voce tivesse feito sexo com quem amasse de verdade não ia ficar se metendo nesse tipo de confusão,não é mesmo?
Espero que voce tenha aprendido com isso tudo,afinal,até esse tipo de coisa pode ser chamada de ''experiencia''...
Queria conhecer voce pessoalmente(SEM NENHUM INTERESSE,OBVIAMENTE!),ia te dar uns conselhos pra ver se voce tomava jeito,já que seus amigos dizem que sua alma é podre...
kkkkk
bjosss
xD
nadja-lavieenrose.blogspot.com
(pro caso de voce ter esquecido quem eu sou) rs!
tudo seria mais fácil se vc inventase uma dor de cabeça galopante...
mas afinal.. a água oxigenada limpou o sangue do peixe boi?
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