segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
A Cópula
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.
Manuel Bandeira
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Sim, eu deveria estar trabalhando, mas não consigo. A ansiedade está demais. Preciso urgentemente que este ano termine. Preciso de algumas manhãs para acordar ao meio dia. Preciso tomar meu leite sem pressa. Preciso tomar meu banho direito, sentado no chão e deixando a água me lavar. Sim, adoro deixar a água me lavar. É como colocar roupa ensaboada dentro de um balde e deixar a torneira saindo um fio de água. Aos poucos, o sabão vai indo embora, a água vai ficando limpinha e as roupas vão se purificando. É disso que eu preciso: lavar minha alma bem devagarzinho, pra ver se na água limpa consigo enxergar melhor as coisas, o meu futuro e o meu coração.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Meu aniversário mais uma vez foi perfeito, principalmente por eu não lembrar de muita coisa. Mas eu não fui o único. Teve até uma convidada que hoje me pediu desculpa por não ter ido na minha festa. Detalhe, ela foi e não lembrava.
Só por este relato acho que já dá pra ver o alto nível que foi a coisa. Sem falar que todo mundo beijou na boca, foi feliz, dançou, rebolou. Enfim, missão cumprida.
Ah, e tudo isso foi vivido ao lado de uma pessoa que tem me deixado tão livre e feliz que eu sempre tenho vontade de voltar pra ela e desmaiar ao seu lado no fim de toda noite.
Eu tenho muita sorte mesmo. E agora com cuecas pretas, do jeito que ela gosta.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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Vou escovar os dentes e dormir. É isso. Esse fim de ano está bem cansativo. De segunda a sexta, a empresa arranca meu couro. De sexta a domingo, arranco o couro do meu fígado.
O pior é que essa vida desregrada está me causando alguns problemas. Dias atrás fui me pesar e a balança me deu uma péssima notícia: engordei 800 gramas.
Não que eu não quisesse engordar, mas tenho certeza que esse sobrepeso foi todo para a minha barriga. Logo ela, que sempre foi tão invejada pelas mulheres.
Mas, faz parte da vida. Talvez com os excessos alcoolicos que estão por vir nesse fim de ano, eu acabe perdendo esse peso. Assim espero.
Fora isso, está tudo bem. Minha vida, mesmo descontrolada, anda super sobcontrole. É incrível, mas tenho conseguido manter uma certa rotina.
De segunda a sexta, trabalho normalmente. E de sexta a domingo fico procurando coisas divertidas pra fazer junto com a Neide.
Na verdade a gente vai quase sempre para os mesmos bares comer as mesmas porções de frango à passarinho junto com algumas vodkas, claro. Mas está excelente. Tirando algumas azias e ressacas do dia seguinte, a gente tem se divertido bastante.
Só quem não tem se divertido muito ultimamente é um amigo que veio há pouco tempo de Ribeirão Preto para morar em São Paulo. Ele não agüenta mais ser levado por mim e pela Neide para bares e boates gays. Tadinho. (hehehe)
Mas é que ele ainda não pegou o jeito da coisa. Assim que descobrir o código pra pegar a mulherada nas baladas gays, aposto que até camisetinha pink ele vai começar usar.
Enfim, preciso ir. Minha pasta de dente já até secou na escova. Sem falar nas duas punhetas que ainda tenho que bater antes de dormir. Vida corrida. Boa noite.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Bi
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Eu, que não sou árvore, acredito que uma amizade com gostinho de infância merece para sempre todo o amor que houver nessa vida. E, aqui na terra do nunca, ninguém sabe compartilhar tão bem este sentimento quanto você.
Feliz amigo secreto e público, eternamente.
Kiss
Pra quem não entendeu nada, acabei de achar um bilhetinho no meio das minhas coisas com esse recado rascunhado. Ele foi escrito no final do ano passado, em Ribeirão Preto (terra do nunca), para a minha amiga Fabiana, que o receberia e recebeu no amigo secreto da empresa.
Hoje, felizmente ou infelizmente, não estou mais em Ribeirão. Mas ela ainda continua por aqui, no meio das minhas coisas e do meu coração.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O pintado
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Ele estava próximo da porta do trem. Camiseta apertadinha, cabelo arrumadinho, sobrancelha feita. Porém, ainda atrapalhando a passagem de quem precisaria sair do meio do vagão em direção à porta.
Já eu, estava sentado, mas já pensando em levantar e me aprontar para descer na próxima estação.
Foi então que eu levantei, desviei da primeira gordinha, encolhi as costas para não esbarrar na mulher que estava atrás de mim e, quando percebi, já era tarde.
Nesta tentativa de não esbarrar na mulher, acabei passando vagarosamente, e até de forma bem sexual, o meu pinto na bunda do cara da frente. Isso, aquele mesmo.
Na hora gelei e fiquei sem reação, inclusive a de me desculpar. Já ele não perdeu tempo em olhar para trás e dar uma conferida na cara do dono do pinto mais gostoso daquele vagão, eu.
A partir dessa situação, passei os próximos 40 segundos dentro do vagão completamente sem jeito e sem saber o que fazer, principalmente porque o cara, depois da pintada, ficava olhando para trás e me encarando a cada 5 segundos, como quem quisesse dizer: vai embrulhar ou vai comer agora?
Sorte que tudo passou muito rápido e em questão de segundos já me encontrava subindo as escadas em direção a minha casa.
Mas que fique pra vocês a lição: passar o pinto na bunda de gay, no metrô de São Paulo, não é uma boa idéia. Eles continuam se apaixonando rápido demais.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Mesmo assim, tentem descobrir como a autora forma novas palavras e novos significados usando o que já é dela e do poema.
Senhoras e senhores, sem autorização e sem perdão: Flavia Krauss, que vai odiar ver que eu transformei seu enorme talento num espetáculo.
Cadê[ncia]?
a[cla]mar a[cop]lado
cio sacro ca[l]ma cuatro ato
M[ed]usa, Manemolência, Menmosine
Uma ma(co)nha que ac(an)ha. Carlos Valini
Masturba/são T[es]ão in/tacto Ca[cha]ça que escorre,
Busc[et]a em vãos; vo[ra]zes. Vo[dk]as a[ti]radas. Re/Me[n]do de B[ur]aco.
Vai e vem, vomita em alguém (goza também). Vai e vem, volta veloz, me devora os nós. Vai e vem, volta, me esco[lt]a, tua escrita me faz bem, me deixa zen. Amém!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Flashback black
Acabo de lembrar do dia em que me recusei a pagar 5 reais pra poder sair de uma zoninha lá da Augusta. Eu estava tão bêbado que cheguei a bater boca com a dona da zona, com os seguranças e com todos que tentavam evitar a minha saída.
A minha briga não era pelo valor. É que eles tinham dito quando entrei que não precisaria pagar nada - entrada franca. E depois quiseram me cobrar.
Bom, claro que no fim acabei pagando os cinco reais e indo embora. Mas o que me deixou mais puto na ocasião, é que eu tinha costume de sempre ir comer um hotdog na madrugada junto com a molecada que cheira cola lá no Anhangabaú. Não junto com eles, mas cercado deles.
Por incrível que pareça, eu não tinha medo de ficar ali entre eles. Primeiro porque sempre me encontrava completamente bêbado. Depois, porque nunca andei com nada de valor no bolso ou no corpo.
O que eu mais tinha medo mesmo era de descobrir uma intoxicação alimentar no dia seguinte. Aqueles hotdogs eram a expressão máxima da falta de higiene humana. Mas eu não tenho dúvida também de que eles só eram gostosos porque eram sujos, imundos e mega baratos.
Com um real, eu comia um lanche e ainda tinha direito a um copinho de suco de caju. Nossa, até salivei agora. Claro que eu esbanjava: sempre comia um na hora e outro enquanto subia a Augusta em direção ao Metrô.
Bons tempo aqueles. Me misturava entre a paisagem e o lixo e ninguém percebia.
Hoje, mesmo ainda tendo a escória no coração, já não me sinto parte daquilo. Todos os dias quando passo por lá, ainda vejo a molecada. Mas eles parecem muito mais selvagens agora.
Talvez, porque eu nunca mais tenha passado bêbado por lá.
Coisas da vida.
domingo, 8 de novembro de 2009
Endless Ressaca
Mas, perder o dia seguinte só poque ganhei tudo isso na noite anterior, não anda mais valendo tanto a pena.
Semana que vem, só vou beber o necessário para ter coragem de tirar a roupa no palco e pular em cima da mulherada. Nada além disso. Não insistam.
Só pra não ficar sem contar nada sobre a noitada de ontem, vou contar uma ceninha.
Estávamos todos num palquinho lateral dançando e empunhando nossos copos cheios de vodka com energético.
De repente, o nosso amigo Guto deixou o copo dele cair interinho em cima de uma coroa que dançava embaixo da gente. Lavou a velha.
Imediatamente, na intenção de tentar reduzir o estrago daquela situação, abaixei até a coroa e ofereci meu copo de vodka pra ela dar um gole.
E não é que ela aceitou, deu um gole e sorriu?
Só na Trash mesmo.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Pois é, anos atrás eu escrevia muito mesmo. Não tinha emprego, compromissos, planos... Nem ressaca eu tinha.
Meus dias eram apenas acordar, me preparar para o almoço e passar o resto da tarde me programando para alguma noitada. Era um tempinho duro psicologicamente, com muitas angústias, revoltas, etc. Mas muito gostoso também pela parte que me conectava ao diabo.
Hoje, posso dizer que os tempos e a minha situação mudaram bastante. Escrevo cada vez menos, bebo cada vez menos e sofro com ressacas cada vez mais.
Na verdade, estou doente. E isso já faz até um tempo. Mas, a grosso modo, sempre fui meio doente. Então não me sinto muito incomodado com essas limitações.
Claro que sinto muita saudade dos tempos em que eu tinha saúde pra encher a cara e ainda trabalhar no dia seguinte. Mas hoje isso nem tem feito mais sentido.
Lá no meu novo trabalho, ninguém está acreditando muito no que está vendo e muito menos no meu comportamento exemplar. Devido às minhas histórias que rondam por aí, eles acharam que estava indo trabalhar lá mais um daqueles publicitários drogados, com pouco tempo de vida.
Bom, sou quase isso. Mas só quase. Quem me conhece, sabe que dentro de uma empresa sou o funcionário mais cuzão e preocupado que existe.
Enfim, nem era sobre isso que eu queria escrever hoje. Assim como também não queria ter escrito nada saudoso, melancólico, nada. É isso: hoje, mais uma vez, eu não queria ter escrito nada.
Mas, ter um blog, é como ter uma esposa. Por mais que você tente evitá-la ou fingir que não tem nenhuma obrigação com ela, um dia você tem que deitar na cama, enfiar o pinto nela e fazê-la dormir. Bom, pelo menos é o que ouço por aí.
Boa noite.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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Não há como evitar: mesmo sendo um deles, a convivência com pessoas pobres me causa inúmeras contra-indicações.
Quando entro no metrô toda manhã, o perfume do povo sempre me dá vontade de espirrar.
Quando vejo as unhas das mulheres pintadas com aquelas florzinhas, sinto vontade de vomitar.
Tatuagem com letrinhas japonesas me lembram paz, amor, família e idiotisse ilimitada.
Pessoas ouvindo música com Mp3 no último volume, me causam pena.
Jovens ocupando os bancos dos idosos me lembram porque nosso presidente é o que é.
Obesos e obesas segurando seus pacotinhos de salgadinho me fazem pensar em pena de morte.
Mulheres carregando mais de três filhos pequenos e ainda grávidas, me lembram a utilidade de um taco de baseball.
Sem falar do pedreiro com problemas de sudorese crônica; das mocinhas angelicais que soltam verdadeiras amostras de enxofre pela bunda; e das pessoas mal humoradas que se comportam como se estivessem andando pela primeira e última vez de metrô todos os dias.
Enfim, tem muito mais coisas que me irritam no povo, na pobreza e na ignorância das pessoas. Mas a verdade é que no fundo a maioria tem muito pouca culpa sobre a condição cerebral em que se encontra.
É tudo tão emburrecedor hoje em dia que não há como exigir muita coisa de um povo que é obrigado a acordar as cinco da manhã todos os dias pra ganhar um salário que não paga nem seus infinitos tratamentos de canal.
Mas, isso é o Brasil. E eu, como pobre que também sou, não tenho a menor disposição pra querer mudar ou melhorar nada. Apenas seguirei me incomodando eternamente com aquele cheiro pesado de pão de queijo que nunca sai da multidão.
Tudo culpa daqueles maltidos trailers e barraquinhas que só cobram um real por um punhado deles.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Aos poucos começo a entender porque falam tanto de deus nesse mundo.
No fundo, a questão não é ele existir ou não, é que chega uma hora que não há mais a quem atribuir nossas sortes.
Hoje, por exemplo, deus me salvou. Acabo de recusar uma noitada repleta de tudo o que não presta nesse mundo, tudo mesmo. Por que recusei? Não sei, mas se me dissessem que foi deus, hoje eu acreditaria.
Claro que há bastante coisa rolando dentro desta decisão. Minha cabeça anda meio descolada do corpo ultimamente e fazer festa quando você merece uma festa nunca dá certo.
Mas eu disse não. Um não tão forte que não houve insistência. Talvez porque eu também esteja aprendendo aos poucos a dizer não.
Pouco tempo atrás, qualquer dose de vodka era suficiente pra me fazer querer beber o litro todo. Mas agora ando ponderando, ando me perguntando se preciso mesmo daquilo.
Curiosamente, hoje um amigo conversava comigo sobre farras e baladas e expus a ele a minha vontade de voltar com força total para gandaia. Mas, sem pensar ou gaguejar ele soltou uma frase na minha cara que me assustou. Ele disse assim: Carlos, vc não acha que já aprontou demais nessa vida?
Na hora assustei. Ele, que nem me conhece muito bem, parece que já sabia de tudo o que aprontei e vivi nessa vida. Metade, talvez, pelas histórias que vivo contando; e a outra metade por perceber que tenho mais experiência sobre diversos assuntos do que muito adulto nessa vida.
Enfim, parodiando e questionando Vinícius, será que chegou mesmo a hora de começar a viver sem se achar infinito? Não sei, não sei e não sei.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Agora aproveito pra dizer que sigo sem tempo pra escrever.
Na vida, chega uma hora que vc precisa decidir viver ou escrever.
Quero os dois, mas ainda não tá dando.
Aliás, quero voltar a escrever, viver, beber e a comer arroz com carne moída da minha mãe.
Acho que falta pouco. O preço da carne tá abaixando. kiss
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
31 anos que eu gostaria de dizer bem vividos, mas acho que foram mesmo é bem bebidos.
Não que eu me arrependa de alguma coisa, mas ainda não me sentir um adulto até agora, me incomoda muito.
Claro que acho 99% das pessoas que tem a minha idade um bando de velhos, incapazes de rir e se comportarem com leveza, com brilho, como eternas crianças. Mas realmente não somos e nem seremos eternas crianças. E isso é uma merda.
Por mim tudo continuaria como está: eu, cada vez mais maduro, experiente e crianção. Mas cada vez mais há menos espaços para brincar. Já não há liberdade para errar com a família, com a profissão, com os relacionamentos e assim por diante.
Quanto mais o tempo passa, parece que mais as coisas vão se afunilando, se tornando mais decisivas, mais importantes.
De qualquer forma, só nos resta seguir o conselho da novela e viver a vida, inclusive porque amanhã é sexta-feira, dia ideal para ensolarar a minha alma com algumas cervejas e muita diversão. Kiss
domingo, 13 de setembro de 2009
Eu? Tô tomando uma cervejinha agora.
Sei que não é muito aconselhável começar beber onze horas da noite de um domingo. Mas dormir eu também não conseguiria.
Minha ansiedade é tão grande aos domingos que, se eu não bater umas tres punhetas e rezar uns dez Pai Nossos seguidos, não pego no sono nem a pau.
Por mais que não resolva nada ficar pensando no dia seguinte, não consigo evitar. Tenho mania de tentar planejar meu dia, arrumar solução para os problemas que virão e que não virão, tudo antes das coisas acontecerem.
Antes eu era muito pior. Ficava ansioso por qualquer coisa muitos dias antes de surgir a hipótese delas se realizarem.
Isso deve ter a ver com o meu medo de perder o controle. E eu realmente gasto muita energia todos os dias para tentar controlar a minha vida e o que pode acontecer com ela.
No fundo, levo a vida tentando evitar que ela me leve. Quer erro maior que esse? Não, não existe.
Tentar acertar sempre para não desapontar as pessoas ao seu redor é o maior pecado que se pode cometer. E é por isso que o meu lugar no inferno está garantido. Do lado das bailarinas do Faustão, claro.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Posso escrever um pouquinho enquanto estou bebado? Brigado.
Vou escrever que eu comeria um pão na chapa agora às sete e meia da manhã, mas é capaz de eu vomitar tudo.
Nem eu esperava ficar tanto tempo acordado, mas mesa de baralho é complicado, ainda mais quando vc tem azar no amor e sorte no jogo. Ganhei quase todas, incrível...só vendo....
Neste momento estou pelado, mas não é nada sexual não. É que minha roupa toda está cheirando cigarro. Terrível. Vou dormir pelado mesmo. Aqui só faz calor, tranqüilo...
Que mais? Não sei, mas estou digitando muito rápido, esquema papa léguas... já enchi meu copo de água , porque sei que vou precisar durante esta manha toda e quiçá durante o dia.... cerveja me deixa muito estragado.... A começar pelo tamanho da minha barriga, que não cabe quase nada...horrivel ...
Cacete, outra coisa que tá bombando agora são os programas evangélicos... é boleto pra todo lado... será que pobre sempre acorda mais cedo? Não sei...mas eu acordo...na marra, mas acordo... Quem não estuda tem que sem ferrar...e quem não estuda porque sempre foi vagabundo tem se ferrar em dobro, como e o meu caso...
Mando todos vcs tomarem no cu agora ou espero mais pro final? To pensando...uhmmmmmmm...sei lá, mas pelo menos ninguém me viu entrar aqui na pensão... o “homens” da casa devem estar tudo no motel ou em alguma sauna...coisa de louco... as meninas não sei onde estao, mas não estão comigo, juro....
Enfim, acho que vou deitar e ver meu mundo rodar...pelo menos sentirei o prazer de ver minha vida mais movimentada...muito bacana isso, né...entao foda-se, vou ficar por aqui pensando em todos os meus amores, todos mesmos.. ao invés de contar carneirinho, vou contar amores...acho que não vou dormir nunca mais.... eu amo demais...eu odeio demais...eu sou demais...ah, um beijo pra Neide... conversei bastantão com ela essa noite...bebado sou mais desenvolto...graças a deus...
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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Ela apóia seu sono em meu peito
E se entrega à minha respiração
Sinto a vida quando ofereço
Um cantinho do meu coração
Ela apóia seu sono em meu peito
E dá um jeito de adormecer
Fecha os olhos e sonha com beijos
Que já sabe que vai receber
Ela apóia seu sono em meu peito
E me apóia a acordar e a crescer
Ao seu lado tudo soa tão simples
Ah se a vida fosse apenas viver
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
olrac
Vai ver, sempre terá que ser assim:
Meu mundo perto de você
Mas seu amor longe de mim
Porque no fundo, tudo já aconteceu
Eu te amei pra me esquecer
Você me amou pra ser seu fim
domingo, 23 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Nada pra ninguém
Os amigos, eu queria agradecer com beijos que ainda não usei
A fome, ando saciando com o perfume que sai daquele carrinho de milho verde
Mas os amores platônicos eu precisaria guardar todos num armário bem embutido
Assim, tem dias em que mênstruo em pedaços de papel escondidos embaixo da cama
Noutros, apago a luz antes de ficar vermelho pela vergonha de me descrever assim
Mas na maioria de todos, o que consigo registrar mesmo não passa de um monte dessa charlatanice de sentimentos
Ultimamente, os meus pensamentos tem corrido tanto que a fotografia das minhas opiniões estão saindo desfocadas
Talvez, seja isso que alimente a ilusão, a esperança e a paciência
Ou talvez eu ainda goste da mesma pessoa, pelos mesmos motivos e desmotivos
Meu mundo tem sido um bar sem cerveja, barata e limão...
Ontem, um gay pediu o meu email
Hoje, vi um índio comendo um pacote de bolacha recheada no meio da rua
Tudo isso mais uma vez não explicando nada, mas me fazendo lembrar vagamente que até os meus cachorros eram carentes.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Hoje economizei muito dinheiro, muito mesmo. Tem dias que vou ao supermercado e gasto trinta reais comprando apenas um saco de bisnaguinha e uma lâmina de barbear. Mas hoje foi diferente.
Hoje, tudo o que eu queria estava em promoção. O shampoo Dove que dias atrás estava sete paus, hoje paguei cinco.
A dúzia de ovos, geralmente pago dois e oitenta e oito. Mas hoje paguei um e oitenta e oito.
Sabonete Luz, de setenta centavos por cinqüenta e nove. Peguei dois, um luxo.
Que mais? Ah, o Nescau. O Nescau hoje estava por dois e setenta e nove. Só por dia levar uma lata por pessoa, mas era o que eu precisava. O presunto e o queijo, não reparei no preço, mas tudo bem. Dessa vez passa.
Ah, comprei também dez pacotes de miojo, mas não da nissin lamém. Da nissin custava um e dezessete, mas da Maggi só oitenta centavos. Aproveitei, claro.
Depois fui atrás de margarina. Não que eu não tivesse em casa, mas depois que o pote fica meio fuçado por muitas facas ou meio feio, prefiro começar usar um pote novo e deixar o antigo pro pessoal da pensão. Frescura de bicha, claro.
Mas, voltando às compras, também consegui pagar hoje na margarina Delícia só um e sessenta e nove. Ui. Paguei barato. Geralmente as margarinas de meio quilo custam mais de dois reais.
Por fim ainda descolei um combo com três pacotes de bolacha maisena, para aliviar as dores da minha gastrite, por apenas três reais. E foi pura sorte. Porque todas as bolachas que estavam abaixo da minha visão eram mais caras. Mas na gôndola de cima, onde pouca gente alcança, tinha um monte de bolacha a preços ótimos.
Enfim, é isso. Foda-se.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Beber liberta. Mas não é só isso. Beber traz você ao seu ponto de equilíbrio, mesmo te desequilibrando. Porque quem bebe, enxerga melhor o que quer, o que sente e o que espera do futuro. Por exemplo, agora sei exatamente o que quero: dormir e parar de me abrir por aqui, senão jajá vai sair coisa que não devia. Sim, sou um labirinto. Quem conhece a parte boa que aproveite, porque não deve durar muito. Meu coração está definhando de saudades, de tudo, de todos, de vcs. Enfim, é necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela. É isso, com ou sem sal.
terça-feira, 21 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Manual técnico das minhas despedidas
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Kis – Estou ou estava com pressa; possibilidade grande de que a sua mensagem tenha sido idiota e desprezível.
Kiss – Você é de casa, tem meu apreço, amizade e pode se sentir realmente beijado(a) quando assino desta maneira.
Kisss – Você sabe mais do que devia a meu respeito. Porém, é querido(a) de um jeito diferente: mais carinhoso, mais tenro, mais emotivo; tem um pedaço do meu coração.
Kisssssssssssssss – Nada substitui sua presença, sua alegria, sua energia. Em cumprimentos assim, você pode se sentir beijado(a) e mordido(a).
Kissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss - Você é uma paixão, minha metade na pista, no palco e na vida. Será eternamente amada ou odiada, mas sempre um motivo de muita saudade e carinho.
Kiss
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Sangue e suor
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A primeira pergunta foi: você já doou sangue alguma vez? Respondi que nunca e fiquei esperando que a enfermeira me dissesse alguma coisa doce do tipo: fica tranqüilo, é rápido e não dói nada. Mas ela não disse. (Musica de tensão).
Próximo passo: teste de anemia. Meu coração nessa hora lógico que disparou, até porque com essa cara de doente que tenho, as chances eram grandes do diagnóstico ser "paciente incapaz de doar até aceno de mão".
Aí, de repente, ela pega um negocinho e sem te avisar fura seu dedo. Uma dor enorme. Tudo bem, nem doeu, mas aquela gota que sangrou podia ter me matado de hemorragia (risos). Resultado: acabei passando com louvor no teste da anemia.
Agora era a hora da entrevista:
- Hepatite?
- Não.
- Fuma?
- Não.
- Bebe?
- Bebo.(sorri)
- É gay?
- Não.
- Não mesmo?
- Não. (Como assim "não mesmo"? Tenho cara de gay?)
- Quando transou pela última vez?
- Gaguejei. (sou mais acostumado a falar sobre masturbação)
- Usa camisinha sempre?
- Sempre.
- Sempre mesmo?
- Sempre mesmo. (o pior é que é sempre mesmo)
E assim por diante. Umas cinqüenta perguntas. Eu já estava vendo a hora dela perguntar se eu estava em dia com as prestações do Baú, mas não aconteceu.
Minha única cagada na hora de responder esse tal questionário foi que confessei que tinha almoçado uma feijoada completa.
Aí a moça me mandou ficar assistindo televisão na sala de espera por uma hora até meu sangue ficar sem a tal gordura do almoço. A sorte é que eu tinha levado um livro, porque a novela que passava no Vale a Pena Ver de Novo, eu já tinha assistido pra variar.
Então, durante este tempo segui lendo meu livro sobre o nazismo e descobrindo que naquela época, por ordem do Hitler, todo alemão que saia do país era obrigado a levar um monte de catálogos e folders falando bem da Alemanha pra entregar às pessoas comuns nos paises em que fossem conhecer. Genial né?
Mas voltando a sangria do porco que vos fala, é chegada a hora da verdade. Mesmo com a sala de espera vazia a enfermeira fez questão de me chamar gritando o meu nome e assim a acompanhei até o abatedouro.
Chegando lá, sentei naquela cadeira parecida com a de um dentista e comecei a ouvir as recomendações. Primeiro ela me perguntou se eu tinha almoçado bem. Não sei o que seria almoçar bem pra ela, até porque ela tinha uma cara de que almoçava Buchada de bode diariamente no boteco. Mas respondi que sim.
Aí ela perguntou se eu tinha medo de alguma coisa. Pensei em responder que tinha medo da fatura do meu cartão, mas me calei e me comportei como um homem.
Só sei que quando tomei coragem de olhar, já havia uma puta agulha grossa enfiada no meu braço e eu nem tinha sentido nada.
Então, ela meio apreensiva pela minha cara de defunto, reiterou que qualquer problema era pra chamá-la. Eu concordei com a cabeça e continue olhando pro outro lado pra não ficar impressionado com o meu sangue sendo derramado.
Porém, ela não teve muita coragem de sair de perto de mim e ficamos juntos até terminar tudo.
Já perto do fim, ela me entregou um saquinho e mandou eu comer tudo antes de sair. Mandou mesmo.
Numa hora dessas, qualquer pessoa normal come e pronto. Mas e se eu não gostasse do recheio do lanche? Só sei que fui tirando do saco aquele pão e rezando pra ser recheado com alguma coisa que eu gostasse. Pra minha sorte, era só um lanche com presunto e queijo. Ufa.
Depois disso e de mostrar que tinha comido tudinho, ela entregou meu RG e um questionário sobre a qualidade do atendimento deles. Respondi rapidamente que tudo tinha sido ótimo e saí de lá me sentindo literalmente mais leve.
Pra quem nunca tinha feito isso, acho até que me saí muito bem. Talvez a minha função na terra só tenha sido mesmo a de vir pro mundo e doar algum dia um pouco de sangue que ajudasse alguém a sobreviver. Se for só isso mesmo, tudo bem. Aceito meu destino.
Agora se você também ainda não descobriu sua função na terra e tem um tempinho livre pra se doar, dê um pulinho lá e doe seu sangue também. Ver toda aquela estrutura completamente vazia enquanto tanta gente morre por falta de sangue me cortou o coração. Ano que vem estarei lá de novo. E você, quando vai?
Maiores informações: http://www.beneficencia.org.br/doesangue.htm
Ou então você pode ir doar no Hospital das Clínicas de São Paulo - Banco de Sangue - e informar que está doando por JOÃO LOURENÇO DE CAMPOS que está internado no Instituto do Câncer.
A filhinha querida dele, a Eli, ficará muito feliz com seu gesto.
kiss
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Tudo, não posso dizer. Aliás, faz tempo que não posso dizer tudo. Virei um cuzão.
Pra tentar me redimir, estou assistindo a um jogo de futebol agora na TV, como se eu fosse um cara normal e tal.
Peidei. Sim, apesar de tudo, eu ainda solto uns puns por aí. Bem fracos, é verdade. Mas solto assim mesmo.
Por que reclamo tanto? Porque nasci com a alma descolada do corpo.
Cada um quer ir para um lado diferente, e fico aqui no meio desse cabo de guerra.
Tenho lido sobre isso. Isso existe. É como se meu ego quisesse dominar o meu corpo; e o meu corpo quisesse se livrar do meu ego e ser apenas alguém comum.
Sim, é por isso que sofremos. Vivemos 24 horas por dia nos perguntando: faço o que eu quero ou faço o que esperam que eu faça? Cruel, muito cruel.
Não quero me estender nesse assunto, não tenho tantos argumentos. Mas o que sinto é mais ou menos por aí. Há uma guerra aqui dentro e só quem tem saído ferido sou eu.
Enfim, chega de umbigologia. Vou dormir. Não que isso resolva, mas enquanto eu durmo pelo menos a briga entre eles pára um pouco. Eita ego difícil. Eita destino complicado.